sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Prefeitura de Diadema estuda bancar integração com a Metra


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Diadema
Prefeitura de Diadema faz pesquisa de origem e destino na cidade e estuda subsidiar as transferências entre ônibus da Mobi Brasil e Benfica e os da Metra para manter a integração gratuita nos terminais de Diadema e Piraporinha.
Prefeitura de Diadema estuda bancar a integração com a Metra
Poder público realiza pesquisa de origem e destino para verificar quantas pessoas realmente fazem a transferência nos terminais de Diadema e Piraporinha
ADAMO BAZANI – CBN
A Prefeitura de Diadema, na Grande são Paulo, cogita a possibilidade de assumir parte dos custos da integração entre os ônibus municipais operados pelas empresas MobiBrasil e Benfica e os veículos metropolitanos da Metra, no Corredor ABD, pelos terminais Diadema e Piraporinha.
A medida visa a manutenção da integração gratuita que existe desde 1991. Em julho, o Superior Tribunal de Justiça derrubou a liminar que atendia pedido do Ministério Público para permanência do contrato entre a Prefeitura e o Governo do Estado para a integração. A decisão permitiria com que a cobrança fosse realizada.
As tarifas só não começaram a ser cobradas por causa da aproximação do período eleitoral na época, o que poderia causar desgastes políticos tanto para os candidatos da prefeitura como dos partidos relacionados com o Governo do Estado.
A Prefeitura tem realizado uma pesquisa de origem e destino na cidade para mensurar quantos passageiros realmente usam a integração e qual o perfil deste tipo de integração. Hoje há uma estimativa de 40 mil pessoas.
Com os dados em mãos, o poder público municipal deve negociar com o estado.
Além de manter equilíbrio financeiro do sistema e financiar investimentos no sistema metropolitano, umas das alegações da proposta para o fim das transferências gratuitas era de que alguns passageiros “abusavam da integração”.
Alguns usuários de Diadema, segundo o Governo do Estado, saíam dos ônibus municipais e entravam nos ônibus e trólebus da Metra para percorrerem trechos pequenos, que poderiam ser feitos a pé. Isso ocorria mais quando a passagem dos ônibus municipais era mais baixa que a dos ônibus e trólebus metropolitanos.
A alegação causou revolta nos passageiros. À época houve protestos na região do terminal metropolitano de Diadema.
O Governo do Estado, durante as negociações com a prefeitura no ano passado, propôs a cobrança de R$ 1 para a realização da integração em cada sentido. Mas o então prefeito Mário Reali não aceitou.
Agora, a Secretaria Metropolitana de Transportes descarta a possibilidade alegando que os custos hoje são diferentes e seriam necessários novos estudos.
Atualmente, a passagem de ônibus municipal de Diadema está mais cara do que a cobrada pela Metra: R$ 3,20 ante R$ 3,10.
Mas a partir de março deve haver aumentos nas passagens metropolitanas. Este reajuste deveria ocorrer já em fevereiro, mas foi represado pelo governador Geraldo Alckmin a pedido do Ministro da Fazenda, Guido Mantega, que teme o descontrole maior dos índices inflacionários com os reajustes das tarifas que são mais levadas em conta pelo IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo.

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