Cerca de 50 portuários invadiram navio que trouxe equipamentos da China.
O protesto é contra o uso de mão de obra chinesa.
O ministro da Secretaria de Portos, Leonidas Cristino, se pronunciou a respeito da invasão de um navio que trouxe para Santos equipamentos de Xangai, na China, por aproximadamente 50 portuários. Segundo o ministro, a ocupação "não é uma coisa razoável". Ele falou com a imprensa em Brasília, DF, após se reunir com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.
Para Cristino, a invasão foi um ponto "isolado". Ele deve se reunir ainda nesta segunda-feira (18) com os empresários da Embraport, a Capitania dos Portos, a Polícia Federal e com os próprios manifestantes. Outra reunião está marcada para esta quinta-feira (21) entre o governo e representantes das federações de trabalhadores portuários para discutir o tema.
"Eu nunca vou interditar o diálogo. Nós temos sempre que conversar. Eles vão trazer os pontos críticos da MP - Medida Provisória 595, que altera o marco regulatório do setor portuário - e nós vamos continuar com essa reunião na quinta-feira", declarou o ministro.
O caso
Um grupo formado por cerca de 50 portuários ocupou um navio que trouxe equipamentos de Xangai, na China, para o Porto de Santos. Os trabalhadores protestam contra o uso exclusivo de mão de obra chinesa na remoção dos equipamentos, o que segundo eles contraria o acordo entre os trabalhadores e o porto.
Um grupo formado por cerca de 50 portuários ocupou um navio que trouxe equipamentos de Xangai, na China, para o Porto de Santos. Os trabalhadores protestam contra o uso exclusivo de mão de obra chinesa na remoção dos equipamentos, o que segundo eles contraria o acordo entre os trabalhadores e o porto.
A manifestação começou por volta das 3h30 desta segunda-feira (18). Os trabalhadores acreditam que cerca de 100 chineses estão operando a retirada dos equipamentos. Segundo previsão do porto, os serviços de remoção dos equipamentos devem durar cerca de 22 dias. Os trabalhadores aguardam autoridades para negociar. O navio chegou ao Porto de Santos na sexta-feira (15) carregando pontes rolantes usadas na movimentação de cargas dos navios.
Os portuários dizem que só sairão da embarcação se a Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Embraport), responsável pelo navio, fizer um acordo. A diretoria dos Servidores Portuários, sindicalistas e representantes da Embraport se reunirão para discutir sobre a situação.
Outro manifesto
Uma panfletagem sindical está sendo organizada pelo sindicato da categoria no Posto de Escalação em Santos e na Praça Mauá. A mobilização pede mudanças na Medida Provisória (MP) 595, conhecida como MP dos Portos.
Uma panfletagem sindical está sendo organizada pelo sindicato da categoria no Posto de Escalação em Santos e na Praça Mauá. A mobilização pede mudanças na Medida Provisória (MP) 595, conhecida como MP dos Portos.
Segundo o sindicato, a intenção é esclarecer a sociedade sobre precarização do trabalho nos portos e perdas para as cidades portuárias devido a MP dos Portos, que está tramitando no Congresso Nacional.
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