quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

SP: Concessionária assume hoje ação integral de Viracopos


Vista aérea do aeroporto: ampliação mobiliza 1,8 mil funcionários.
Foto: Cedoc RAC
A antiga Fazenda Palmeiras rendeu-se aos aviões. Viracopos da década de 30, quando da sua fundação, até a sua elevação à categoria de Aeroporto Internacional, na década de 60, cresceu para acompanhar a evolução da aviação. Atualmente, é o sétimo aeroporto brasileiro em fluxo de passageiros e segundo em movimentação de carga no País.
Hoje, passa por uma nova etapa, com a gestão integral por parte da Aeroportos Brasil Viracopos. Até ontem, a administração feita pela concessionária era assistida pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), como previa o contrato de concessão.
O diretor-presidente da Aeroportos Brasil Viracopos, Luiz Alberto Küster, afirma não esperar grandes desafios a partir de agora. “A operação compartilhada poderia ser estendida por mais três meses, mas nos julgamos preparados para assumir.”
Küster explica que a concessionária passou por “três grandes testes”, enquanto assistida e com redução de cerca de 270 funcionários de um total de 800. Para suprir a redução, acrescentou que foram feitos investimentos pesados em treinamento e capacitação de pessoal.
“Passamos pelo grande fluxo de pessoas por conta dos feriados emendados de 15 de novembro (Proclamação da República) e de 20 de novembro (Consciência Negra); Operação Fórmula I, que entre a chegada e o último voo já registrava a entrega de equipamentos em Interlagos (SP), e a operação especial de fim de ano, com obras civis, serviços, pessoal e material”, elenca.
Desde o período natalino, os usuários passaram a ter à disposição cinco novos equipamentos de raio X, reforço que amplia os canais de inspeção na área de embarque; e mais cinco ônibus para garantir agilidade nas ações de embarque e desembarque de passageiros.
Viracopos é o primeiro aeroporto do País a ter operação concessionada, desde novembro do ano passado. A Aeroportos Brasil Viracopos assumiu um pacote de medidas para dar maior eficiência e segurança ao terminal de Campinas, bem como está disposta a participar dos investimentos para trazer o trem regional que vai ligar São Paulo a Jundiaí, até Campinas.
O trem regional está sendo projetado pelo governo do Estado para ligar São Paulo a Jundiaí. A Secretaria de Transportes Metropolitanos estuda a possibilidade de estender esse trem até Campinas, em conjunto com a construção do trem de alta velocidade (TAV).
Entre as medidas, a principal obra da Aeroportos Brasil Viracopos é a construção do novo terminal que estará concluído em maio de 2014, um mês antes da Copa do Mundo de futebol.
“O terminal, com capacidade para 14 milhões de passageiros, seguirá rigorosamente o cronograma e não irá sofrer qualquer atraso”, promete Küster. O ritmo no canteiro de obras está acelerado.
“O aeroporto é fundamental para o desenvolvimento local, regional e nacional”, afirma Paulo Sérgio Ignácio, consultor, professor universitário e especialista em logística.
“A sua localização permite a integração nacional e internacional das cadeias produtivas de diferentes segmentos de negócios como, por exemplo, o Sul de Minas e o interior do Estado, onde está uma parcela significativa do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro”, explica Ignácio.
Essa integração se dá principalmente pelos modais aéreo e terrestre-rodoviário, permitindo posterior integração marítima por cabotagem no Porto de Santos e fluvial na Hidrovia do Rio Tiête, sendo esses últimos ainda pouco valorizados, segundo o especialista. Ignácio vê como “positiva” a nova gestão por concessão privada, com planos bem definidos para expansão do aeroporto, tanto para o movimento de passageiros quanto o de carga.
Fonte: RAC, Por Nice Bulhões

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