Dnit iniciou a preparação dos editais para lançar o novo método no mercado. Licitação está prevista para junho deste ano.
Foto: Júlio Fernandes/Agência Full Time
Os postos de pesagem de veículos nas rodovias federais precisam passar por um sistema de aperfeiçoamento. Faltam recursos para a construção e reforma dos locais e para a contratação de agentes de trânsito e policiais rodoviários federais, além do tamanho dos estacionamentos, que não é mais adequado ao fluxo e à dimensão da frota. Outro gargalo é a falta de definição na responsabilidade pela guarda dos veículos retidos para transbordo do excesso de carga.
Todas estas observações estão em um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), divulgado nesta semana. O trabalho avalia a execução de programas do governo, com foco nas operações do sistema de pesagem de veículos. De acordo com o relatório, o objetivo do estudo é evitar a deterioração precoce das rodovias federais, causada pelo tráfego de veículos com excesso de peso.
A CGU avaliou os 35 postos em operação no país. Mais problemas constatados são a ausência de equipamentos e sistemas necessários para executar o serviço, além da falta de infraestrutura adequada, com alta incidência de problemas de sinalização. Outro fator prejudicial é a constatação de que o atual sistema de pesagem não se encontra isento de rotas de fuga – há veículos que executam desvios para evitar a fiscalização.
Pesagem automática
Segundo o relatório, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) propôs uma alteração do atual Plano Diretor Nacional Estratégico de Pesagem. A ideia é instalar no Brasil um novo sistema de pesagem, mais moderno e semelhante ao de outros países, com componentes eletrônicos capazes de medir o peso dos caminhões de forma automática, com respeito à velocidade da vida, sem necessidade de parada.
Em nota, o Dnit informou à Agência CNT de Notícias que o novo sistema é desenvolvido desde agosto de 2012, em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). De acordo com o órgão, a pesagem em movimento será uma inovação tecnológica para os padrões brasileiros. As vantagens são a diminuição no tempo de parada no processo de fiscalização e diminuição do número de agentes público envolvidos no processo.
O Dnit assegura que já iniciou a preparação dos editais para lançar o novo modelo no mercado, cuja licitação está prevista para o mês de junho deste ano. A expectativa é que o método diminua o número de veículos com excesso de peso nas estradas, o que pode resultar em, menos gastos de manutenção e menor risco de acidentes.
Dados do Plano Nacional de Pesagem apontam que a vida útil de uma rodovia pode diminuir entre cinco e três anos quando ela é exposta a excesso de peso de 10% e 20%, respectivamente. Em 2009, segundo o Dnit, o excesso médio de peso por veículo foi superior a uma tonelada (1.167kg). Em 2010, houve uma redução de 17% e o excesso médio registrado em cada veículo foi de 968 kg.
Para o diretor da área técnica da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística), Neuto Gonçalves dos Reis, a mudança é positiva. "É preciso combater o excesso de peso. É ilusório pensar que carregar mais carga significa maior faturamento. O caminhão que roda com sobrecarga tem maior curso operacional, consome mais pneus e combustível, além de colocar em risco a segurança com a possibilidade de acidentes”, explica.
No entanto, Neuto afirma que o novo método mudaria as técnicas de pesagem. “Não é um sistema convencional, será preciso mudar regulamentos técnicos, metodológicos, para que isso venha a ser implantado. É um sistema completamente automatizado, que dispensa a presença local do agente”, adverte.
Todas estas observações estão em um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), divulgado nesta semana. O trabalho avalia a execução de programas do governo, com foco nas operações do sistema de pesagem de veículos. De acordo com o relatório, o objetivo do estudo é evitar a deterioração precoce das rodovias federais, causada pelo tráfego de veículos com excesso de peso.
A CGU avaliou os 35 postos em operação no país. Mais problemas constatados são a ausência de equipamentos e sistemas necessários para executar o serviço, além da falta de infraestrutura adequada, com alta incidência de problemas de sinalização. Outro fator prejudicial é a constatação de que o atual sistema de pesagem não se encontra isento de rotas de fuga – há veículos que executam desvios para evitar a fiscalização.
Pesagem automática
Segundo o relatório, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) propôs uma alteração do atual Plano Diretor Nacional Estratégico de Pesagem. A ideia é instalar no Brasil um novo sistema de pesagem, mais moderno e semelhante ao de outros países, com componentes eletrônicos capazes de medir o peso dos caminhões de forma automática, com respeito à velocidade da vida, sem necessidade de parada.
Em nota, o Dnit informou à Agência CNT de Notícias que o novo sistema é desenvolvido desde agosto de 2012, em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). De acordo com o órgão, a pesagem em movimento será uma inovação tecnológica para os padrões brasileiros. As vantagens são a diminuição no tempo de parada no processo de fiscalização e diminuição do número de agentes público envolvidos no processo.
O Dnit assegura que já iniciou a preparação dos editais para lançar o novo modelo no mercado, cuja licitação está prevista para o mês de junho deste ano. A expectativa é que o método diminua o número de veículos com excesso de peso nas estradas, o que pode resultar em, menos gastos de manutenção e menor risco de acidentes.
Dados do Plano Nacional de Pesagem apontam que a vida útil de uma rodovia pode diminuir entre cinco e três anos quando ela é exposta a excesso de peso de 10% e 20%, respectivamente. Em 2009, segundo o Dnit, o excesso médio de peso por veículo foi superior a uma tonelada (1.167kg). Em 2010, houve uma redução de 17% e o excesso médio registrado em cada veículo foi de 968 kg.
Para o diretor da área técnica da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística), Neuto Gonçalves dos Reis, a mudança é positiva. "É preciso combater o excesso de peso. É ilusório pensar que carregar mais carga significa maior faturamento. O caminhão que roda com sobrecarga tem maior curso operacional, consome mais pneus e combustível, além de colocar em risco a segurança com a possibilidade de acidentes”, explica.
No entanto, Neuto afirma que o novo método mudaria as técnicas de pesagem. “Não é um sistema convencional, será preciso mudar regulamentos técnicos, metodológicos, para que isso venha a ser implantado. É um sistema completamente automatizado, que dispensa a presença local do agente”, adverte.
Rosalvo Streit
Agência CNT de Notícias
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