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Capital e ABC registram pior nível de poluição da década
Transportes coletivos são uma forma de combater problema que custa vidas e investimentos em saúde pública
ADAMO BAZANI – CBN
A CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – revelou que no ano passado, a Capital e a Região Metropolitana bateram recorde de poluição.
Foi o maior número da última década: por 98 dias, o cidadão respirou ar considerado inadequado à saúde, ultrapassando o padrão diário de 150 microgramas de poluentes por metro cúbico.
Em mais da metade do ano passado todo, 54,1% dos dias, a quantidade de ozônio deixou o ar em condição regular, inadequada ou má. Das 19 estações medidoras da Cetesb, a situação pior foi a de Ibirapuera, na zona Sul de São Paulo, e em São Caetano do Sul, no ABC Paulista. Cada uma delas registrou 17 estados de atenção.
Apesar de a CETESB alertar que entre 2003 e 2013 o número de estações de medição subiu de 12 para 19, a companhia destaca que os números são preocupantes e que ações imediatas devem ser tomadas.
Uma delas é o incentivo ao transporte público para que as pessoas se sintam motivadas a deixar o carro de passeio em casa e a utilizar ônibus, trem ou metrô, já que 80% da poluição nas cidades têm origem nos automóveis.
O recorde de poluição na década não apenas coincide, mas é motivada pelo seguinte fato revelado pelo Observatório das Cidades do Denatran – Departamento Nacional de Trânsito: em dez anos a frota de veículos no País cresceu 77%, no período entre 2011 e 2011. O número se reflete no nível de poluição do ano passado. São Paulo foi a cidade que em números absolutos recebeu mãos carros neste período: 3,4 milhões de veículos.
Além de representar mais poluição, esta frota também significa maior disputa pelo espaço urbano, que hoje é mal aproveitado. Não há ritmo de obras e construção de ruas e avenidas que consiga crescer na mesma proporção.
Por isso que espaços prioritários ao transporte público são mais que essenciais para que a área urbana seja ocupada de maneira mais inteligente. Um ônibus padron médio pode substituir entre 40 e 45 carros, levando em conta que na média, os carros transitam com o motorista e um passageiro.
De acordo com pesquisas realizadas pela ANTP – Associação Nacional dos Transportes Públicos, o principal fator exigido pelo passageiro é a velocidade da condução. As pessoas querem chegar rapidamente no trabalho e escola e depois em casa.
Mais um motivo portanto para se investir de maneira urgente em corredores de ônibus para que eles atraiam quem se desloca por transporte individual.
Os corredores de ônibus devem já ser elaborados com vistas aos impactos ambientais.
Assim, além de darem prioridade ao transporte público, os espaços precisam contar com veículos menos poluentes, como ônibus a diesel de tecnologia moderna e principalmente os de tração alternativa ao petróleo, como os trólebus, totalmente elétricos.
Em corredores separados do trânsito comum e com pavimento adequado, a operação dos trólebus se torna mais eficiente. Não há buracos ou valetas que possam provocar as quedas constantes das alavancas de trólebus.
Exemplo disso é o Corredor ABD, operado pela empresa Metra, que liga São Mateus, na zona Leste de São Paulo, ao bairro do Jabaquara, na zona Sul da Capital Paulista, passando pelos municípios de Santo André, Mauá (Terminal Sônia Maria), São Bernardo do Campo, bairro de Piraporinha e Diadema, além da extensão Diadema – Morumbi – Estação de trens da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.
Os serviços, que tiveram aprovação superior a do merecidamente conceituado metrô paulista, são prestados por trólebus, ônibus híbridos, a etanol, há uma unidade movida a hidrogênio, além de veículos a diesel mais modernos e menos poluentes.
Vale destacar que hoje os trólebus têm tecnologia mais evoluída e são mais independentes. Os novos modelos produzidos pela empresa Eletra, de São Bernardo do Campo, possuem alavanca pneumáticas que diminuem a possibilidade de queda e sistema de baterias que permite com que o trólebus circule por cerca de 8 quilômetros sem usar a rede elétrica aérea em caso de problemas na fiação ou com o fornecimento.
A cidade de São Paulo vai receber até setembro mais 60 ônibus elétricos desta categoria, sendo 50 unidades chassi Scania de 15 metros e 10 unidades chassi MAN de 12,5 metros de comprimento.
Mas São Paulo, inclusive com o plano de corredores de Fernando Haddad e Jilmar Tatto, que representa um avanço, poderia ter sua rede de transporte limpo sobre pneus ampliada.
Transportes coletivos são uma forma de combater problema que custa vidas e investimentos em saúde pública
ADAMO BAZANI – CBN
A CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – revelou que no ano passado, a Capital e a Região Metropolitana bateram recorde de poluição.
Foi o maior número da última década: por 98 dias, o cidadão respirou ar considerado inadequado à saúde, ultrapassando o padrão diário de 150 microgramas de poluentes por metro cúbico.
Em mais da metade do ano passado todo, 54,1% dos dias, a quantidade de ozônio deixou o ar em condição regular, inadequada ou má. Das 19 estações medidoras da Cetesb, a situação pior foi a de Ibirapuera, na zona Sul de São Paulo, e em São Caetano do Sul, no ABC Paulista. Cada uma delas registrou 17 estados de atenção.
Apesar de a CETESB alertar que entre 2003 e 2013 o número de estações de medição subiu de 12 para 19, a companhia destaca que os números são preocupantes e que ações imediatas devem ser tomadas.
Uma delas é o incentivo ao transporte público para que as pessoas se sintam motivadas a deixar o carro de passeio em casa e a utilizar ônibus, trem ou metrô, já que 80% da poluição nas cidades têm origem nos automóveis.
O recorde de poluição na década não apenas coincide, mas é motivada pelo seguinte fato revelado pelo Observatório das Cidades do Denatran – Departamento Nacional de Trânsito: em dez anos a frota de veículos no País cresceu 77%, no período entre 2011 e 2011. O número se reflete no nível de poluição do ano passado. São Paulo foi a cidade que em números absolutos recebeu mãos carros neste período: 3,4 milhões de veículos.
Além de representar mais poluição, esta frota também significa maior disputa pelo espaço urbano, que hoje é mal aproveitado. Não há ritmo de obras e construção de ruas e avenidas que consiga crescer na mesma proporção.
Por isso que espaços prioritários ao transporte público são mais que essenciais para que a área urbana seja ocupada de maneira mais inteligente. Um ônibus padron médio pode substituir entre 40 e 45 carros, levando em conta que na média, os carros transitam com o motorista e um passageiro.
De acordo com pesquisas realizadas pela ANTP – Associação Nacional dos Transportes Públicos, o principal fator exigido pelo passageiro é a velocidade da condução. As pessoas querem chegar rapidamente no trabalho e escola e depois em casa.
Mais um motivo portanto para se investir de maneira urgente em corredores de ônibus para que eles atraiam quem se desloca por transporte individual.
Os corredores de ônibus devem já ser elaborados com vistas aos impactos ambientais.
Assim, além de darem prioridade ao transporte público, os espaços precisam contar com veículos menos poluentes, como ônibus a diesel de tecnologia moderna e principalmente os de tração alternativa ao petróleo, como os trólebus, totalmente elétricos.
Em corredores separados do trânsito comum e com pavimento adequado, a operação dos trólebus se torna mais eficiente. Não há buracos ou valetas que possam provocar as quedas constantes das alavancas de trólebus.
Exemplo disso é o Corredor ABD, operado pela empresa Metra, que liga São Mateus, na zona Leste de São Paulo, ao bairro do Jabaquara, na zona Sul da Capital Paulista, passando pelos municípios de Santo André, Mauá (Terminal Sônia Maria), São Bernardo do Campo, bairro de Piraporinha e Diadema, além da extensão Diadema – Morumbi – Estação de trens da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.
Os serviços, que tiveram aprovação superior a do merecidamente conceituado metrô paulista, são prestados por trólebus, ônibus híbridos, a etanol, há uma unidade movida a hidrogênio, além de veículos a diesel mais modernos e menos poluentes.
Vale destacar que hoje os trólebus têm tecnologia mais evoluída e são mais independentes. Os novos modelos produzidos pela empresa Eletra, de São Bernardo do Campo, possuem alavanca pneumáticas que diminuem a possibilidade de queda e sistema de baterias que permite com que o trólebus circule por cerca de 8 quilômetros sem usar a rede elétrica aérea em caso de problemas na fiação ou com o fornecimento.
A cidade de São Paulo vai receber até setembro mais 60 ônibus elétricos desta categoria, sendo 50 unidades chassi Scania de 15 metros e 10 unidades chassi MAN de 12,5 metros de comprimento.
Mas São Paulo, inclusive com o plano de corredores de Fernando Haddad e Jilmar Tatto, que representa um avanço, poderia ter sua rede de transporte limpo sobre pneus ampliada.
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