Bilhete para embarque nas barcas passa a custar R$ 4,80.
A passagem do metrô aumentou de R$ 3,20 para R$ 3,50.
reajustadas nesta terça-feira (2 ), segundo a Agência de Transportes do Estado do Rio (Agestransp). O bilhete para embarque nas barcas, no valor de R$ 4,50, passou a custar R$ 4,80. O do metrô passou de R$ 3,20 para R$ 3,50.
Segundo a Agestransp, o índice do reajuste da CCR barcas foi definido pelo Governo Estadual no início de fevereiro de acordo com o IPCA acumulado nos últimos doze meses. O aumento do Metrô Rio foi determinado pelo IGPM acumulado no período de janeiro de 2012 a janeiro de 2013.
A concessionária foi responsabilizada de negligência por não fazer manutenção preventiva da embarcação e colocar em risco a segurança dos usuários. A decisão foi tomada pelo Conselho Diretor da Agência, em Sessão Regulatória.CCR Barcas é multada por acidente
Na mesma sessão, a Agetransp multou CCR Barcas em R$ 574 mil reais devido ao acidente em que uma embarcação chocou-se com a ponte de atracação do píer da Praça XV em 28 de novembro de 2011.
No dia 27 de março, o Bom Dia Brasil mostrou o sufoco dos passageiros que usam as barcas para fazer a travessia entre o Rio e Niterói ocorre há mais de um ano. Entre os problemas, filas, atrasos e desconforto.
Há um ano, foram ouvidas promessas de melhora. Mas, meses depois ainda não tiveram mudanças nesse transporte importante para mais de dois milhões de pessoas por mês.
A Ponte Rio-Niterói é controlada pela mesma empresa que controla as barcas, ou seja, alternativas concorrentes estão nas mãos dos mesmos donos.
Enquanto a nova estação das barcas é só um projeto, o jeito é enfrentar a fila do lado de fora. É só o começo da jornada de quem vive atravessando a Baía de Guanabara. O Bom Dia Brasil fez três viagens em horários de maior movimento entre o Rio e Niterói, na Região Metropolitana.
Em Niterói, de manhã, a fila para embarcar avançava mais de 50 metros pela calçada. Isso quando o problema não começa na compra do bilhete, e rapidamente mais filas se formam. Cerca de 100 mil pessoas usam as barcas diariamente.
No fim do dia, as muitas filas que se formam no Centro do Rio chegam quase a 100 metros de comprimento cada uma. “Ou você encara a ponte, horrível, ou chega aqui. Acabei de chegar, procurando a fila menos pior”, diz um passageiro.
“Lá dentro fica um forno. Pelo preço da passagem, tinha que ter ar-condicionado”. Se faz calor do lado de fora, lá dentro o clima não é nada ameno. O sistema de ar-condicionado até está ali, mas não funciona. “Dizem que funcionou um dia".
A barca vai cheia, com gente sentada na escada, o que é proibido pelas normas de segurança.
No calor ou acomodado do jeito que dá, é o fim do suplício para alguns. Mas muitos ainda estão do outro lado da Baía de Guanabara, esperando, esperando.
“Peguei a barca e um dos motores quebrou, encheu a barca de fumaça”, conta Ana Gleice.
O episódio que a Ana Gleice contou aconteceu na barca Itapuca, construída no ano de 1962. Ela navega lentamente pela Baía de Guanabara.
Na barca Itapuca, a velocidade média não passa dos 15 quilômetros por hora, quase a mesma das Caravelas que trouxeram Pedro Álvares Cabral no ano de 1500. Leva-se pouco mais de 20 minutos para percorrer os 5 quilômetros que separam o Rio de Niterói.
Ao todo, a concessionária CCR Barcas têm 19 embarcações próprias: nove barcas antigas, chamadas de tradicionais, e dez catamarãs. Duas embarcações foram alugas recentemente para reforçar a frota. A concessionária opera quatro linhas na Baía de Guanabara.
O governo do estado assinou a compra de nove novas embarcações, sete com capacidade para dois mil lugares cada uma, e duas com capacidade para 500 pessoas. Mas esse alívio para o passageiro só deve ser sentido mesmo daqui a dois anos. Parece tempo demais para um meio de transporte que deveria ser o futuro e parou no passado
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