Assessoria de Transportes e Mobilidade Urbana da Liderança da Bancada do PT na ALESP
O sistema metroferroviário de São Paulo é constituído por
três empresas, a Companhia Metropolitana de São Paulo – Metrô, a Companhia
Paulista de Trens Metropolitanos - CPTM e a Estrada de Ferro Campos do Jordão –
EFCJ, todas sob gestão da Secretaria dos Transportes Metropolitanos – STM.
O sistema metroviário de São Paulo tem 74,3 quilômetros
de extensão, 64 estações e transporta 4,5 milhões de passageiros por dia. São
três linhas completas, a L1-Azul, a L2- Verde e a L3-Vermelha e duas linhas
incompletas, a L4-Amarela e a L5- Lilás. No metrô de São Paulo há duas
operadoras, a CMSP, estatal e a Via Quatro, operadora da L4 – Amarela privada.
Entre as grandes capitais, São Paulo é a que tem a menor
rede metroviária do mundo. A maior
extensão é a do metrô de Xangai com 434 quilômetros, 11 linhas e 278 estações.
Mesmo metrôs latino-americanos estão à frente do de São
Paulo. O Metrô da Cidade do México, que começou junto com o paulista e tem 201
quilômetros, 12 linhas e 195 estações. O Metrô de Santiago do Chile tem 103
quilômetros de extensão, 5 linhas e 101 estações. Com a construção das linhas 3
e 6 já iniciadas, Santiago terá 140
quilômetros de extensão metroviária com 136 estações e transportará 2,7 milhões
de passageiros por dia. O PIB do Chile é menor do que o de São Paulo.
A falta de investimento na expansão das linhas e o
aumento da demanda, dado que a Região Metropolitana de São Paulo, de 2003 a
2011, criou cerca de dois milhões de empregos, além do contingente que veio com
a integração do Bilhete Único, fez com que as linhas ficassem superlotadas,
superando os 10 passageiros por metro quadrado, como é o caso da L3 – Vermelha.
A Comunidade de Metrôs, que agrega 11 sistemas do mundo, considera o Metrô de
São Paulo, o mais lotado do mundo, com 10 milhões de passageiros por quilômetro
instalado.
Além das inúmeras panes que afligem o paulistano
diariamente, em maio de 2012, pela primeira vez houve um acidente operacional,
ocasionando vítimas, quando dois trens se chocaram na Estação Carrão da L3 –
Vermelha.
Quanto a CPTM, que herdou uma malha centenária, a maioria
construída no século XIX, vem passando por um processo muito lento de
modernização.
São 260 quilômetros operacionais que atendem 22 cidades
(3 no Aglomerado Urbano de Jundiaí), com 6 linhas e 89 estações que transportam
diariamente cerca de 2,5 milhões de passageiros.
As panes, a exemplo da que parou as seis linhas no dia 6
de abril último quando o Centro de Controle Operacional teve um princípio de
incêndio, são quase diárias na Companhia, afetando toda a Região Metropolitana
de São Paulo. Em 2011 cinco ferroviários foram mortos enquanto trabalhavam nas
linhas 8 - Diamante e 11 – Coral da CPTM. Nesse mesmo ano houve duas colisões,
uma na linha 8 – Diamante, em que três pessoas ficaram feridas e a segunda na
linha 7 – Rubi, em que 51 pessoas feridas.
Houve falta de planejamento para a CPTM, que assim como o
Metrô, teve um aumento exponencial de demanda. As reformas das estações
atrasaram, assim como a implantação dos sistemas de sinalização, do sistema
aéreo de tração, da via permanente, das subestações de energia, entre outros.
O resultado é a superlotação dos carros e panes que
chegam até a parar o sistema como um todo, fato inusitado.
A Estrada de Ferro Campos do Jordão passou para a gestão
da STM em 2011. Infelizmente em novembro de 2012, um bonde turístico que fazia
a ligação de Pidamonhagaba e Campos do Jordão descarrilou numa curva, matando
três pessoas e ferindo outros 39 passageiros.
O PSDB está no governo de São Paulo desde 1995. Nesses
mais de 17 anos, os tucanos não foram capazes de implantar uma rede
metroferroviária que assegure segurança,
conforto e previsibilidade para os
paulistas que moram na Região Metropolitana de São Paulo nem nas demais regiões
do Estado.
A ligação com a Região Metropolitana de Campinas, com o
Expresso Bandeirante, prevista para 2007, pelo Plano Plurianual 2004-2007 do
Alckmin, não saiu do papel. O Trem de Guarulhos e o Expresso ABC previstos para
início operacional em 2010, ainda estaõ em projetos. O VLT de Santos também
previsto para 2010, não saiu do papel; assim como ligações da Capital com
Sorocaba, Santos e outras regiões do Estado que precisam de transporte de alta
capacidade e qualidade.
Isso atesta que a tal falada capacidade de gestão dos
tucanos, quando confrontados com os fatos é apenas propaganda eleitoreira.
Podemos pegar outras áreas como segurança pública, educação e saúde e os
resultados não serão diferentes.
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