segunda-feira, 8 de abril de 2013

Chuva foi o grande vilão dos portos neste ano :: Mauro Zafalon


Foto: Nájia Furlan/ Appa
Um dos grandes vilões dos portos neste ano foi a chuva. Além do aumento no volume de grãos recebidos para exportação, os portos tiveram de conviver com um número maior de dias parados devido à ocorrência de chuvas neste primeiro trimestre.
O porto de Paranaguá, um dos principais do país na exportação de grãos e na importação de fertilizantes, teve o correspondente a 31 dias parados, de janeiro a março, devido à ocorrência de chuvas.
No ano passado, os problemas climáticos fizeram o porto paranaense ficar parado o correspondente a apenas 15 dias no primeiro trimestre.
Para evitar esses transtornos, há um ano técnicos buscam uma solução para o embarque e o desembarque também nos períodos de chuva. As opções deverão ser apresentadas à direção do porto nos próximos 60 dias. Apesar do excesso de chuvas, a movimentação de grãos e de fertilizantes foi 2% maior até março passado.
O grande destaque foi a saída de milho, que somou 1,64 milhão de toneladas pelo porto, 209% mais do que de janeiro a março de 2012. A saída de soja e de farelo teve recuo de 41%. Cresceu, no entanto, o movimento de chegadas ao porto de Paranaguá. O desembarque de fertilizantes foi de 2 milhões de toneladas no primeiro trimestre deste ano, 18% mais do que no mesmo período de 2012.
Ferrugem
A Embrapa Soja lança na próxima semana, em Goiás, duas novas cultivares. A BRSMG 772, convencional com tolerância à ferrugem, foi desenvolvida em parceria com a Epamig e a Fundação Triângulo de Apoio à Pesquisa.
Superprecoce
Outra novidade é a BRSGO 6955 RR, transgênica superprecoce (104 dias) desenvolvida em parceria com o Centro Tecnológico para Pesquisa Agropecuária e a Emater de Goiás.
Inoculante
A Embrapa, em parceria com a Biagro do Brasil, apresenta hoje, também, um inoculante para a soja. Ele permite maior flexibilidade para realizar a inoculação na semente com até 15 dias de antecedência ao plantio.
Tecnologia
Os lançamentos dão ao produtor acesso a materiais competitivos e produtivos que atendem às necessidades do mercado, diz Alexandre Cattelan, chefe-geral da Embrapa Soja.
Carga agrícola na ferrovia cresce 467% em 15 anos
Enfim, o agronegócio brasileiro parece estar descobrindo a ferrovia. A Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários informou ontem que, em 15 anos, o volume de carga agrícola transportada por trens cresceu 467,3%. A expansão dos minérios e do carvão via ferrovia foi de 109,5%. Mesmo assim, o minério (destaque para o ferro) ainda é responsável por 77% de tudo o que é transportado sobre trilhos.
O agronegócio, apesar do avanço, responde por 14,4%. Dois tipos de produtos devem migrar para a ferrovia: a carga geral, acondicionada em contêiner, e os produtos agrícolas. É consenso que o modelo de transporte rodoviário de carga esgotou.
Preços têm alta de 3,7% em março na Ceagesp
Os produtos comercializados na Ceagesp encerraram o mês passado com aumento de 3,73%. Com exceção das verduras, todos os demais setores tiveram elevação. No primeiro trimestre, os preços tiveram alta de 5,69%. Já nos últimos 12 meses, a valorização foi de 19,71%.
Mauro Zafalon é jornalista e, em duas passagens pela Folha, soma mais de 35 anos de jornal. Escreve sobre commodities e pecuária.
Fonte: Folha de S. Paulo

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