A Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer) anunciou faturamento de R$ 4,3 bilhões em 2012, valor pouco acima dos R$ 4,2 bilhões do ano anterior. No entanto, no mesmo período, foi registrada queda na produtividade do setor.
O volume de vagões fabricados, que em 2011 somou 5.616 unidades, passou para 2.918 no ano passado. Os carros de passageiros totalizaram 207, contra 336 em 2011 e as locomotivas, por sua vez, somaram 70 novas unidades, ante 113 no ano anterior.
“Tivemos volumes menores na fabricação de equipamentos novos mas fomos surpreendidos pelo aumento serviços contratados para modernização de carros de passageiros, de locomotivas e de vagões, além de vendas um pouco maiores na área de via permanente (dormentes, aparelhos de mudança de via, grampos de fixação, entre outros). Dessa forma, houve uma certa compensação no faturamento”, explicou à Agência CNT de Notícias o presidente da Abifer, Vicente Abate.
O setor tem boas expectativas em relação a 2013, e espera alcançar os R$ 4,9 bilhões em faturamento com produção em alta: previsão de três mil vagões; de 350 a 400 carros de passageiros e 100 locomotivas.
“Estamos muito otimistas em relação aos anúncios do governo federal sobre o setor ferroviário, que vai continuar crescendo. Mas as licitações ainda vão ocorrer, e isso demora um certo tempo para influenciar em termos de equipamentos. Na construção de vias isso terá um reflexo mais rápido. Na hora em que as ferrovias forem construídas e começarem a operar, sem dúvida esperamos um aumento considerável da demanda por equipamentos”, ressaltou Abate.
Ainda segundo ele, a longo prazo a previsão também é de crescimento linear, até porque o país precisa renovar a frota que possui de vagões, carros de passageiros e locomotivas.
“O metrô de São Paulo, por exemplo, completa 39 anos em 2013 e possui vagões praticamente com essa idade. Há duas formas de renovar a frota: comprando novos equipamentos ou modernizando os mais antigos fazendo o upgrade, colocando ar condicionado, portas mais amplas, toda a tecnologia embarcada que não existia antes. Essa modernização custa entre 50% e 60% do preço de um novo e dá uma sobrevida de 20 a 30 anos a eles”, afirmou o presidente da Abifer.
Fonte: CNT, Por Aerton Guimarães
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