Enquanto o Brasil prepara um pacote de concessões para portos, surgem candidatos a prestar consultorias e a propor parcerias para melhorar a gestão e ampliar a capacidade dos terminais.
Esse é o caso do porto da Antuérpia, situado na Bélgica, que foi visitado no final de agosto por uma missão liderada pela ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil).
Para o presidente do porto, Eddy Bruyninckx, o modelo adotado na Antuérpia pode servir de exemplo para o Brasil.
Além da movimentação de cargas, ele oferece prestação de serviços e reúne um grupo de empresas do setor petroquímico -o segundo maior do mundo, atrás apenas de Houston (EUA).
Crescimento
A expansão internacional faz parte dos planos do porto europeu. Em maio deste ano, sua subsidiária Porto de Antuérpia Internacional comprou 4% da Essar Ports, um dos maiores grupos privados do setor na Índia.
O acordo entre as empresas prevê consultorias para aumento de produtividade e melhorias nas áreas tributária e de processos.
Segundo Bruyninckx, essa parceria pode ser replicada no Brasil, que ao lado da Índia é o foco do porto da Antuérpia fora da Europa.
“Queremos dividir com o Brasil a experiência e o ‘know how’ desenvolvidos pela autoridade portuária e pela comunidade do porto”, afirma o presidente.
O porto da Antuérpia é 100% controlado pela cidade de mesmo nome. Mas Bruyninckx, que está há 20 anos à frente do porto, diz que o modelo de concessões é bem-sucedido.
O setor privado, diz ele, pode viabilizar os altos investimentos, mas as decisões estratégicas devem continuar nas mãos do governo.
Fonte: Folha de S.Paulo
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