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Espaço urbano: uma questão de democracia
O transporte individual faz o cidadão ocupar área 50 vezes maior na cidade em comparação a quem usa transporte coletivo ou se locomove a pé
O transporte individual faz o cidadão ocupar área 50 vezes maior na cidade em comparação a quem usa transporte coletivo ou se locomove a pé
ADAMO BAZANI – CBN
Sabe aquela frase: “A cidade não tem mais para onde crescer?” . Guardadas as devidas proporções, trata-se de uma realidade.
Hoje um dos grandes problemas de médios e grandes municípios que concentram áreas urbanas relevantes, é justamente a ocupação do solo.
Você já reparou que vários bairros tradicionais que eram formados por casas em terrenos de 10 m X 40 m ou mais, onde as famílias viviam perto uma das outras praticamente estão dando lugares a prédios, apartamentos cada vez menores ou sobrados?
Ter quintal em casa, algo que é bom até para a saúde, para relaxar e para fazer as atividades domésticas, é luxo em alguns bairros.
A população urbana dos anos de 1970 para cá cresceu de forma muito significativa. Foi quando o Brasil deixou de ser um país rural para se tornar predominantemente urbano quando o assunto é distribuição da população.
Além de a população ter crescido, as atividades econômicas se diversificaram. Normalmente os trabalhadores ficavam só em uma área industrial e a circulação fora dos chamados horários de pico era muito pequena. Hoje, apesar de o início da manhã e o fim da tarde concentrarem ainda um grande número de deslocamentos, durante todo o dia a movimentação é intensa. Em alguns lugares até na madrugada.
Toda essa situação reflete diretamente no trânsito das cidades.
Sem prioridade aos transportes públicos, o que se vê são bairros e regiões centrais sendo configuradas só para carros. Para as pessoas ? Elas que se contentem com o que sobra.
A falta de lógica é tão grande que hoje as pessoas estão se apertando para morar apenas para terem mais espaços em seus automóveis. Isso é um fato sendo que na verdade, as pessoas deveriam morar melhor e ocupar menos espaço para se deslocar.
Assim, a questão da ocupação e uso do espaço urbano também é outro problema que tem o transporte público como uma das soluções.
Hoje um dos grandes problemas de médios e grandes municípios que concentram áreas urbanas relevantes, é justamente a ocupação do solo.
Você já reparou que vários bairros tradicionais que eram formados por casas em terrenos de 10 m X 40 m ou mais, onde as famílias viviam perto uma das outras praticamente estão dando lugares a prédios, apartamentos cada vez menores ou sobrados?
Ter quintal em casa, algo que é bom até para a saúde, para relaxar e para fazer as atividades domésticas, é luxo em alguns bairros.
A população urbana dos anos de 1970 para cá cresceu de forma muito significativa. Foi quando o Brasil deixou de ser um país rural para se tornar predominantemente urbano quando o assunto é distribuição da população.
Além de a população ter crescido, as atividades econômicas se diversificaram. Normalmente os trabalhadores ficavam só em uma área industrial e a circulação fora dos chamados horários de pico era muito pequena. Hoje, apesar de o início da manhã e o fim da tarde concentrarem ainda um grande número de deslocamentos, durante todo o dia a movimentação é intensa. Em alguns lugares até na madrugada.
Toda essa situação reflete diretamente no trânsito das cidades.
Sem prioridade aos transportes públicos, o que se vê são bairros e regiões centrais sendo configuradas só para carros. Para as pessoas ? Elas que se contentem com o que sobra.
A falta de lógica é tão grande que hoje as pessoas estão se apertando para morar apenas para terem mais espaços em seus automóveis. Isso é um fato sendo que na verdade, as pessoas deveriam morar melhor e ocupar menos espaço para se deslocar.
Assim, a questão da ocupação e uso do espaço urbano também é outro problema que tem o transporte público como uma das soluções.
ALGUNS NÚMEROS IMPORTANTES:
Com o uso mais amplo do transporte público por parte da população, o espaço urbano é melhor aproveitado. Afinal, um ônibus consegue substituir vários carros de passeio.
Isso já é conhecido, mas quando são apresentados números, a questão se torna ainda mais evidente.
Dados divulgados pela ONG Nossa São Paulo, que debate e apresenta soluções para os problemas da cidade, traz a noção de quanto as políticas que não incentivam o transporte público podem provocar no problema do espaço urbano.
- Uma pessoa que se de carro ocupa 50 metros quadrados da cidade, sozinha. Quem anda de moto, ocupa 8 metros quadrados, e a bicicleta toma uma área de dois metros quadrados. Já para o deslocamento a pé ou em viagens de ônibus, é necessário apenas um metro quadrado por pessoa e isso com conforto.
- A cidade de São Paulo tem uma frota de 7 milhões de automóveis, dos quais, 4 milhões fazem deslocamentos diários, é como se fosse uma frota ativa. Mas basta que 550 mil saiam paras as ruas diariamente para haver congestionamentos.
- Toda esta quantidade de carros é para atender poucas pessoas. São 4 milhões de veículos de passeio ativos apenas para servir diariamente menos de 2 milhões de pessoas.
Para se ter uma ideia da falta de coerência na ocupação do solo e da falta de políticas que promovam mobilidade de fato, 15 mil ônibus apenas da frota municipal transportam 6 milhões de pessoas por dia. Ou seja, 3 vezes mais que os carros com 133 vezes menos veículos.
Assim, melhorar o transporte público, criar corredores exclusivos para que as viagens de ônibus se tornem mais rápidas e atrativas é atender a maioria e isso é uma questão de democracia, o que não ocorre ainda no espaço urbano.
Isso já é conhecido, mas quando são apresentados números, a questão se torna ainda mais evidente.
Dados divulgados pela ONG Nossa São Paulo, que debate e apresenta soluções para os problemas da cidade, traz a noção de quanto as políticas que não incentivam o transporte público podem provocar no problema do espaço urbano.
- Uma pessoa que se de carro ocupa 50 metros quadrados da cidade, sozinha. Quem anda de moto, ocupa 8 metros quadrados, e a bicicleta toma uma área de dois metros quadrados. Já para o deslocamento a pé ou em viagens de ônibus, é necessário apenas um metro quadrado por pessoa e isso com conforto.
- A cidade de São Paulo tem uma frota de 7 milhões de automóveis, dos quais, 4 milhões fazem deslocamentos diários, é como se fosse uma frota ativa. Mas basta que 550 mil saiam paras as ruas diariamente para haver congestionamentos.
- Toda esta quantidade de carros é para atender poucas pessoas. São 4 milhões de veículos de passeio ativos apenas para servir diariamente menos de 2 milhões de pessoas.
Para se ter uma ideia da falta de coerência na ocupação do solo e da falta de políticas que promovam mobilidade de fato, 15 mil ônibus apenas da frota municipal transportam 6 milhões de pessoas por dia. Ou seja, 3 vezes mais que os carros com 133 vezes menos veículos.
Assim, melhorar o transporte público, criar corredores exclusivos para que as viagens de ônibus se tornem mais rápidas e atrativas é atender a maioria e isso é uma questão de democracia, o que não ocorre ainda no espaço urbano.
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