O Governo do Distrito Federal irá abrir concorrência para a implantação do veículo leve sobre trilho (VLT), uma das principais apostas para a modernização do sistema de transporte público do Distrito Federal. Esse meio assemelha-se aos antigos bondes e corta a cidade movido a energia elétrica, funcionando como metrô de superfície.
Além da comodidade, esse modal proporciona um deslocamento mais ágil e veloz em áreas urbanas antes marcadas por grandes engarrafamentos.
Desde 2009, as obras enfrentam problemas na Justiça. Foram investidos cerca de R$ 277 milhões na execução do projeto que, segundo as últimas estimativas, não deve ficar pronto até a Copa do Mundo de 2014. O primeiro trecho ligará o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek à Asa Sul e terá 6,5km de extensão.
De acordo com o subsecretário de Políticas de Transporte e Trânsito, Luiz Fernando Messina, o governo prepara o edital, que ampliará os locais atendidos por esse meio de transporte. “É um modal que o governo entende como prioritário no processo de reformulação do transporte público coletivo”, enfatiza.
A tecnologia é utilizada em diversas cidades do mundo, como Bordeaux, Buenos Aires, Dublin, Estocolmo e Madrid. Entre as vantagens oferecidas por esse tipo de transporte, pode-se destacar o menor custo de implantação em relação ao metrô e a melhor adaptação ao desenho das metrópoles.
O VLT divide espaço com os veículos e é mais flexível no deslocamento, fazendo curvas e adentrando em zonas mais fechadas da cidade.
Menos poluição
Alimentados com energia elétrica, os trens de superfície apresentam vantagens ambientais, por meio da redução da emissão de gases causadores do efeito estufa nas grandes cidades. Outro ponto é a agilidade e a maior velocidade do VLT em comparação com outros sistemas de superfície.
“A importância do VLT é centrada no fato de que ele é menos poluente e possui uma maior capacidade de transporte quando comparado aos outros modais de superfícies”, explica Messina.
O especialista ainda ressalta que a adesão de mais um meio de transporte é importante para dinamizar o processo de integração idealizado pela Secretaria de Transportes. “Torna-se uma opção importante nesse nosso modelo de integração tronco alimentar”, comenta.
Especialistas na área ressaltam que o veículo leve sobre trilhos pode causar forte impacto no sentido de melhorar o transporte público.
A coordenadora do projeto Cidade Verde Mobilidade Sustentável, Maria Rosa Abreu, comenta que, além de poluírem menos, os trens de superfície cumprem um papel importante na hora de fazer as pessoas abandonarem os carros.
“O VLT é mais amigável e confortável. Ao contrário dos ônibus, ele proporciona uma migração mais fácil do meio individual para o coletivo”, afirma.
Fonte: Correio Braziliense, Por Luiz Prisco
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