sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Propinão do PSDB: Trem do Metrô foi reformado a um custo de 81% do que custaria um trem novo

Cada trem do Metrô foi reformado a um custo de 81% do que custaria um trem novo, segundo denúncia no Cade


Uma reforma de 98 trens das linhas 1 e 3 do Metrô de São Paulo foi estimada em R$ 1,75 bilhão, em 2009. Em julho de 2011, o valor já chegava a R$ 2 bilhões, por causa de reajustes contratuais. Os contratos foram fixados em dólar, com taxa de câmbio em alta. Cada trem foi reformado a um custo de 81% do que custaria um trem novo, segundo denúncia do deputado estadual licenciado Simão Pedro (PT), hoje secretário de Serviços da prefeitura paulistana. De acordo com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa econômica), empresas acusadas de participar de um cartel para a venda de trens em São Paulo já sabiam em 2007, dois anos antes, do projeto do governo para modernização de trens. A reforma é antieconômica e lesa os cofres públicos, dizem especialistas.

O Ministério Público de São Paulo investiga o caso e já ouviu 15 representantes do Metrô paulista e de empresas que participaram da licitação para a reforma. Os contratos vigoram até o final do próximo ano. Entre as companhias contratadas estão várias acusadas de participar do suposto cartel.

 A concorrência para modernização dos trens (alguns com mais de 30 anos de uso) foi dividida em quatro lotes. Um dos contratos, no valor de R$ 466 milhões, foi firmado em junho de 2009 com o consórcio Modertrem, formado pelas empresas Alstom, francesa, e Siemens, alemã. As duas foram apontadas como as líderes do esquema investigado em São Paulo. A Siemens fez um acordo de leniência com o Cade e seus executivos colaboram com as autoridades brasileiras na investigação sobre o funcionamento do cartel. A partir de documentos obtidos pelo Cade, novas revelações devem surgir. As informações são do jornal Brasil Econômico

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