Em breve, a linha 3 do metrô, que vai ligar Niterói a São Gonçalo, começa a virar realidade. A Linha 3 começa na estação Arariboia, num projeto do arquiteto Oscar Niemeyer e se desenvolve ao longo de um trecho de 22 km – 17,7 km em viadutos e 4,3 km em superfície, ligados por 14 estações. Ela também está planejada para ter um estacionamento e garagem para pequenos atendimentos e reparos em Barreto e um Centro de Manutenção, em Guaxindiba. O projeto da estação Arariboia irá compor o Caminho Niemeyer, mais um cuidado de unir as obras necessárias para infraestrutura e beleza que a população merece. O projeto prevê também uma possível extensão até Itaboraí, onde está sendo construído o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
A primeira etapa deve começar em dezembro deste ano, com estudos topográficos. Eles serão possíveis graças ao empréstimo de R$ 3,6 bilhões que o Estado do Rio de Janeiro conseguiu junto ao Banco do Brasil. Graças ao equilíbrio da gestão do governo Sérgio Cabral, esta é a primeira vez em que o BB faz um empréstimo a uma unidade da federação. Nesta primeira etapa, R$ 200 milhões serão aplicados no projeto. Os investimentos públicos totalizam R$ 1,734 bilhão, sendo R$ 500 milhões do Orçamento Geral da União (OGU), R$ 774 milhões do BNDES, R$ 200 milhões de financiamento com o Banco do Brasil e R$ 260 milhões de compensação ambiental.
O metrô atenderá a grande necessidade de transporte de passageiros gerada pelos municípios beneficiados, além de garantir o deslocamento intermunicipal da população dos municípios abrangidos, de aproximadamente 1,7 milhão de habitantes. Calcula-se que 70% dos usuários da Linha 3 terão como destino a cidade do Rio de Janeiro, utilizando a Estação Arariboia, a maior estação do sistema (cerca de 24 mil metros quadrados), como estação terminal e de integração. Essa estação ficará ao lado de onde hoje fica o terminal das Barcas de Niterói. Para tanto, será construído um terminal intermodal, integrando os sistemas de metrô, barcas e ônibus municipais e intermunicipais, atendendo aproximadamente 600 mil passageiros/dia. Será a maior integração intermodal do país e a primeira a incluir um terminal aquaviário.
A outra estação terminal é Guaxindiba, no município de São Gonçalo, localizada próximo à BR-101, que permitirá a integração intermodal com os municípios de Itaboraí, Tanguá, Rio Bonito e Magé, garantindo o deslocamento até Niterói e Rio de Janeiro. Há uma expectativa de ampliar o sistema até Itambi, em Itaboraí, para atender os funcionários do Comperj, e Visconde de Itaboraí.
O projeto de revitalização da estação Barreto prevê a recuperação da antiga estação ferroviária, atualmente desativada. Já a estação Vila Lage, a primeira de São Gonçalo, ajudará a estruturar o transporte de massa na região. A área hoje é servida apenas por ruas, que acabam com grandes engarrafamentos, prejudicando a economia local e o meio ambiente. Na Praça do Zé Garoto, no Centro de São Gonçalo, haverá dois acessos, para atender ao grande fluxo de passageiros na região. A expectativa é reduzir o tempo de deslocamento entre as duas pontas da linha de duas horas para 40 minutos, garantindo um transporte limpo e seguro.
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