Ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman explica que, em um processo grande como esse, que impacta toda a infraestrutura do país, é normal que sejam feitas correções e melhorias nos processos após passar por conversas com o setor privado e com os órgãos de controle
27 DE SETEMBRO DE 2013 ÀS 16:30
247 - A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffman, fez uma defesa enfática do programa de concessões do Governo Federal em relação a rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. De acordo com a dirigente, não há recuo, apenas ajustes para conciliar a taxa de retorno pedida pelos empresários, com tarifas socialmente aceitáveis.
Confira abaixo os principais trechos da entrevista concedida ao Portal Brasil:
Como o governo pretende conciliar o interesse do empresário pelo lucro com um preço de pedágio justo e acessível?
O nosso objetivo é sempre o equilíbrio. Tem que ser um jogo de ganha-ganha. O empresário tem que ser remunerado justamente. Mas o pedágio tem que ser socialmente aceito e estar na capacidade de pagamento, tanto do cidadão quanto do setor produtivo. Por isso que nós elaboramos um modelo, onde esse equilíbrio é o fator preponderante. Só vai haver concessão se nós tivermos pedágios justos, socialmente aceitos e remuneração justa.
Porque as concessões são importantes para acelerar o desenvolvimento da infraestrutura no Brasil?
Porque elas trazem investimento. E elas vão melhorar a logística. Quando nós fazemos a concessão de uma rodovia, nós estamos dando ao empresário, ao construtor a oportunidade de desenvolver seu negócio e investir. Contratando pessoas, empregando, fazendo com que a estrada tenha maior capacidade, melhorando o fluxo da produção. E esses investimentos que são privados, no processo de concessão, eles se complementam ao investimento público que nós já iniciamos com o PAC. Portanto, esse novo programa da presidenta Dilma vem exatamente reforçar o programa que nós tínhamos com o presidente Lula, que é melhorar a nossa infraestrutura com investimento público, e agora incentivando o investimento privado.
Qual foi a lógica do lançamento do Programa de Investimento em Logística?
O PIL é um programa de investimento em logística, e tem foco em infraestrutura de transporte. Rodoviário, ferroviário, portuário e aeroviário. Queremos que esses modais estejam interligados para melhorar a produção brasileira, o escoamento da produção. Já tivemos um avanço grande com o PAC, com investimentos públicos em várias áreas. Com o PIL, estamos chamando a iniciativa privada para participar. É um processo mais complexo, porque é feito com o governo e com empresários, por isso exige mais paciência, mais interação, as vezes “consertação”, correção de rumos, mas ele é importante, porque vai aumentar nossa capacidade de investimentos.
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