A velocidade máxima permitida na Avenida Paulista vai cair. Hoje, o limite na via que corta a região central de São Paulo é de 60 km/h. Mas o secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, afirmou nesta terça-feira, 17, que pretende baixá-lo.
“Não é razoável uma avenida como a Paulista ter uma velocidade de 60 km/h, até porque os próprios cruzamentos não permitem isso”, disse após participar da cerimônia do 5.º Prêmio de Educação de Trânsito, da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), em Santa Cecília, no centro da capital.
O dirigente não informou, contudo, qual deverá ser a nova velocidade máxima autorizada na avenida, nem quando ela será colocada em prática. “Essa organização do trânsito e da velocidade, onde pode ser diminuída, é um estudo que estamos fazendo. E temos que fazê-lo com calma e cuidado para não cometer injustiça e também não reduzir a velocidade de forma desnecessária.”
A política de redução de velocidade para os automóveis em grandes avenidas começou a ser praticada ainda na gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD). Centenas de quilômetros de vias como 23 de Maio, Radial Leste e Doutor Arnaldo tiveram seu limite permitido diminuído geralmente de 70 km/h para 60 km/h.
“Todos os estudos dizem que quanto mais você reduz a velocidade do carro, mais diminuem os acidentes. Isso está provado”, disse Tatto, que também preside a CET.
A Avenida Paulista teve sua velocidade reduzida de 70 km/h para 60 km/h em julho de 2011. Especialistas em segurança de trânsito aprovam essa alteração, que deixa o trânsito mais seguro não só para os ocupantes dos veículos, mas também para os pedestres e os ciclistas. Este grupo, por sinal, é ferrenho defensor de reduções ainda maiores em vias secundárias de bairros. Nesses pontos, eles pedem que a velocidade caia para 40 km/h e até 30 km/h.
Ações do tipo já vigoram em outras metrópoles do mundo. Em boa parte da cidade de Nova York, por exemplo, a velocidade máxima autorizada em avenidas é de 30 milhas por hora, o equivalente a 48 km/h.
Faixa de ônibus
Tatto disse ainda que os ciclistas devem continuar circulando pela faixa da direita da pista, mesmo em locais onde essas faixas se tornaram exclusivas para os ônibus, como é o caso da Paulista.
“O que a gente pede neste momento é que o ciclista tome muito cuidado, porque ele é o setor mais frágil, e que o motorista de ônibus respeite o ciclista, que o carro respeite o ciclista, porque tem um conflito ali.”
Fonte: O Estado de S. Paulo, Por Caio do Valle
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