A sociedade civil, cansada de esperar pelas promessas dos tucanos que não se cumprem, se organiza e cobra pelas obras do Metrô. Nesta quinta-feira (19/9), ativistas da ONG Greenpeace instalaram um relógio digital que conta o atraso na inauguração da estação Adolfo Pinheiro da linha 5-lilás do Metrô de São Paulo.
São 993 dias de atraso na entrega da obra que era prevista para 2010 e, nas contas da ONG, o atraso impediu que mais de 20 milhões de viagens fossem realizadas.
Em 17 anos no governo do Estado, os tucanos construíram apenas 30 km de linhas de Metrô, o que dá uma média de apenas 1,81 km ao ano.
Governo do Estado é responsável pela obra
A Companhia do Metrô, empresa do governo do Estado, é a responsável pelo planejamento, projeto, construção e operação do sistema de metrô. As demais esferas governamentais contribuem com verbas, mas não controlam as licitações e execuções das obras.
Linha 5: construção começou em 1998
A Linha 5 – Lilás é exemplo do descaso dos seguidos governos do PSDB em São Paulo. A linha começou a ser construída em 1998 e tinha previsão de entrega em 2005, mas até hoje não foi concluída. São pelo menos 18 anos de atraso.
Dinheiro não é questão impeditiva
A incapacidade de gestão dos governos do PSDB é tanto que, mesmo tendo recursos previstos – isso não é mais questão impeditiva -, os projetos não são executados.
Entre os anos de 1999 e 2011, o governo do Estado deixou de investir R$ 10,3 bilhões, o que daria para construir mais de 21 km de rede. O descaso prossegue no atual orçamento que prevê gastos de R$ 4,4 bilhões para 2013, mas até julho apenas R$ 1,6 bilhão foram executados.
Corrupção: denúncias apontam desvio de R$ 12 bi
Como se não bastasse à falta de planejamento e má gestão, denúncias apontam esquema de corrupção em licitações do Metrô e da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. Os desvios do dinheiro dos cofres de São Paulo podem chegar a R$12 bilhões, por meio de um esquema que opera há quase 20 anos.
Todo este dinheiro seria suficiente para construir 32 km a mais de linhas de Metrô e transportar 1 milhão de pessoas a mais.
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