O Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) anunciou que vai realizar, até fevereiro de 2014, licitações de R$ 21 bilhões para a construção de novas estradas e manutenção das atuais em todo o país.
A apresentação foi feita a empresários do setor de construção porque o setor está preocupado com os baixos gastos de setor de obras rodoviárias do governo desde 2011.
Presente ao evento, a ministra Miriam Belchior (Planejamento) prometeu um recorde de execução de gastos neste ano.
Segundo o Dnit, serão licitados R$ 19,4 bilhões em projetos para a construção de 70 novas estradas ou duplicações de trechos já existentes, em um total de 3,8 mil quilômetros.
Um dos destaque é a complementações da BR-163/MT, conhecida como a rodovia da soja. Ela é considerada a rodovia mais importante para a produção agrícola da região Centro-Oeste porque possibilita o escoamento dos produtos pela região Norte do país.
Outras obras de destaque são o Arco Metropolitano de Recife (PE), que terá 77 quilômetros e será licitado em novembro, a Ponte do Rio Guaíba (RS) na BR-290, com previsão para setembro, e a complementação do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro, prevista para este mês.
Os Estados que mais terão novas estradas são Bahia (nove), Pará (oito) e Rio Grande do Sul (sete). Além dessas novas rodovias, o órgão ainda pretende licitar a conservação e manutenção de 5,7 mil quilômetros de estradas, em um total de mais R$ 2,1 bilhões.
A meta do Dnit é cumprir uma determinação do novo ministro dos Transportes, Cesar Borges, para que até o fim do ano nenhum dos 55 mil quilômetros de estrada federais pavimentadas esteja sem contrato de manutenção.
Até abril do ano passado, 17% dessas estradas estavam sem qualquer contrato de conservação. O número hoje é de 11%.
De acordo com diretor-executivo do Dnit, Tarcisio Freitas, a intenção é também melhorar a qualidade da conservação. Hoje, 22% da malha tem contrato de conservação simples. A ideia é baixar para 16% ao fim do ano.
As metas foram apresentadas aos empresários de vários setores da construção civil no auditório do órgão ontem, terça-feira (7).
INTERESSE
As empresas ainda estão reticentes em relação ao Dnit.
Entre agosto de 2012 e abril de 2013, o Departamento licitou 34 das 44 obras previstas.
Algumas não tiveram interessados por problemas na forma de licitação e nos custos máximos aceitos pelo departamento, segundo as empresas, e isso colaborou para que os gastos do Dnit fossem de R$ 10,2 bilhões no ano passado, valor inferior aos registrados em 2010 e 2011.
Segundo Freitas, as dez obras não licitadas no período foram substituídas por outras e o órgão acabou concluindo 51 concorrências, número maior que o previsto. Para este ano, a previsão é gastar R$ 13,5 bilhões.
Fonte: Folha de S. Paulo, Por Dimmi Amora
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