A série de reportagens Anda SP, que estreou nesta segunda-feira (13), vai discutir a questão da mobilidade na Grande São Paulo. Por dia, nos 39 municípios, acontecem mais de 38 milhões de deslocamentos, sendo que a maioria das viagens é feita com algum tipo de transporte motorizado. Segundo especialistas, não existe apenas uma maneira para resolver os congestionamentos em São Paulo.
Só na capital paulista são transportadas quase 10 milhões de pessoas em 15 mil veículos por dia. A população reclama do sufoco diário dentro dos coletivos. “Às vezes é difícil começar o dia. Quando chega a sexta-feira, a gente já está bem cansado”, conta a encarregada administrativa Ana Viana.
“Não tem nem como a pessoa nem respirar, a gente dá um jeitinho. Um sai pela porta da frente, outro pela porta lateral, e a gente vai facilitando o dia a dia do pessoal, do jeito que pode”, diz a cobradora de ônibus Edeleide Rodrigues da Silva.
Segundo uma pesquisa do Metrô realizada em 2007, quem usa transporte coletivo gasta, em média, uma hora e nove minutos por viagem. Quem vai de carro, leva 33 minutos. O sistema leva e traz mais de 4,5 milhões de pessoas.
As motos e as bicicletas abriram caminho nos congestionamentos, mas a “solução” que nasceu da necessidade trouxe problemas sérios como a briga por espaço nas vias. “A frota de automóveis cresceu pelo menos 25% em São Paulo, fora as motocicletas. Então, o congestionamento só ampliou em toda a cidade”, afirma o especialista em transportes da Usp, Horácio Figueira.
Atualmente, os ônibus conseguem atingir uma média de apenas 13 km/h nos corredores. Para reduzir o tempo de viagem, foram feitas mudanças na região do Largo 13, na Zona Sul, e também serão feitas mudanças na Zona Leste. O objetivo é que, até 2016, os ônibus passem a andar a 20 km/h a 25 km/h.
Fonte: G1
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