Caio do Valle - O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou nesta sexta-feira, 17, que o reajuste da tarifa do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) será no dia 1º de junho, um sábado. O prefeito Fernando Haddad (PT) também disse que o aumento "provavelmente" ocorrerá neste dia. Nenhum dos dois afirmou qual será o porcentual do reajuste. A tarifa custa hoje R$ 3.
Alckmin e Haddad disseram que o aumento será definido até o dia 25, data limite para que os governos municipal e estadual enviem suas propostas de reajuste para a Assembleia Legislativa e para a Câmara Municipal, respectivamente. Os valores precisam ser apreciados pelo poder legislativo.
Haddad afirmou que o reajuste ficará abaixo da inflação acumulada desde o último aumento, ocorrido em janeiro de 2011. "A orientação que eu dei para a Secretaria de Transportes é que o reajuste seja inferior ao da inflação acumulada desde o último reajuste", declarou o prefeito, sem, no entanto, especificar qual é o porcentual dessa inflação.
"São Paulo está fazendo um esforço muito grande, manteve a tarifa congelada dois anos e meio. Isso onera os cofres públicos, como você pode perceber, porque eu tenho um contrato de concessão e a remuneração do concessionário independe do preço da tarifa. Então, se a tarifa não aumenta, aumenta o subsídio", disse Haddad.
Em carta aberta à população de São Paulo - e em meio a uma campanha salarial que caminha para nova greve -, o Sindicato dos Metroviários informou que a passagem do Metrô vai ser reajustada para R$ 3,40 no dia 1.º A informação, segundo os sindicalistas, vem circulando no Metrô desde fevereiro. O índice de reajuste, por esse valor, ficaria em 13,3% - maior do que a inflação acumulada desde fevereiro do ano passado, que foi de 8,9%.
Mas o governador Alckmin, embora tenha sido questionado, não comentou a respeito do valor divulgado pelo sindicato. Também não informou qual será o aumento. "O número está sendo fechado. A gente sempre procura fazer isso. Ver qual a inflação do período e dar um ganho de eficiência e produtividade para o usuário, ou seja, não repõe totalmente a inflação. Fica um pouco abaixo dos custos da tarifa do serviço", disse ele.
As declarações de ambos foram feitas durante solenidade na sede da Prefeitura de São Paulo, no centro da capital, na manhã desta sexta-feira. O evento marcou a cessão da área do Parque Esportivo dos Trabalhadores, o Ceret, no Tatuapé, na zona leste, do Estado para a Prefeitura, que pretende construir um centro olímpico no local, que tem 280 mil metros quadrados.
Alckmin evita comentar declaração que compara usuários do Metrô a pinguins
Presidente do Metrô de São Paulo disse em palestra na semana passada que fila de passageiros parecia com aves
Caio do Valle - O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - Questionado duas vezes na manhã desta sexta-feira, 17, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) se esquivou de comentar a respeito de uma fala do presidente da Companhia do Metropolitano de São Paulo (o Metrô), Peter Walker, comparando a fila de passageiros no horário de pico a uma fila de pinguis. O governo do Estado controla o Metrô.
Veja também:
Ouça o trecho da declaração do presidente do Metrô
Presidente do Metrô de SP compara fila de usuários a pinguins
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Presidente do Metrô de SP compara fila de usuários a pinguins
A declaração foi feita no último dia 10 durante evento na sede do Secovi (sindicato da habitação), na Vila Mariana, na zona sul, para uma plateia composta por grandes empreiteiros e empresários do setor imobiliário. O dirigente fazia uma palestra sobre a expansão do Metrô na cidade. Em determinado momento, disse: "Por que em Itaquera fica aquela fila, parece pinguim, e a plataforma cheia? Porque, se deixar descer pela catraca, daí vai ser um inferno na plataforma".
A fala era a respeito das medidas adotadas pelo Metrô para conter os passageiros antes das catracas em estações muito cheias nos horários de pico, como a Estação Corinthians-Itaquera, na Linha 3-Vermelha.
O governador foi questionado durante um evento na sede da Prefeitura de São Paulo, onde estava acompanhado do prefeito Fernando Haddad (PT). Primeiro, durante entrevista coletiva. Nessa situação, não falou sobre o assunto. Depois, ao sair do auditório onde era realizado o encontro, a reportagem do Estado o questionou de novo. Nesse momento, Alckmin se esquivou do assunto e disse: "Nós estamos trabalhando para ampliar bastante os serviços".
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