Objetivo é que bairros tenham residências e empresas.
Criação de zonas mistas evitaria deslocamentos na capital.
A criação de zonas mistas, que mesclam residências e empresas, seria uma forma de diminuir os deslocamentos em São Paulo e desestimular o uso do carro. Por isso, a Prefeitura da capital quer que prédios residenciais sejam construídos onde há bastante emprego e também quer levar empresas para as áreas onde muitas pessoas vivem.
Os clientes de uma corretora de imóveis na Vila Olímpia, Zona Sul, se preocupam com isso e querem morar na vila para não usar o carro todo dia. “A grande maioria de clientes são pessoas que trabalham próximo, querem ir a pé ao trabalho, ou jovens que vêm para região e fazem faculdade. É um bairro que tem tudo”, conta a consultora imobiliária Léa Antunes Silva.“Tradicionalmente, quando o zoneamento surgiu, ele separava as atividades por funções, a residência, o trabalho, a indústria. Mas hoje em dia, o nosso zoneamento busca a mescla de uso na cidade, principalmente nos locais onde a urbanização está mais consolidada ou em consolidação”, explica o diretor de uso do solo da Prefeitura de São Paulo, Daniel Montandon.
Cada prédio residencial com mais de 500 vagas de garagem ou não residencial com mais de 120 vagas é chamado de polo gerador de tráfego. De 2005 a 2012, 769 polos se instalaram na capital. É um novo prédio a cada quatro dias.
O engenheiro de transportes, Sérgio Ejzenberg, alerta que o que falta são medidas para evitar o engessamento da cidade. “Nós acabamos ficando contra crescimento porque o trânsito está ruim. O que falta é dar mobilidade para essas pessoas e não engessar a cidade. O poder público tem que transformar o crescimento num crescimento saudável e não num inchaço descontrolado”
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