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Trânsito pesa no bolso do cidadão, pelo menos entre R$ 30 bilhões e R$ 40 bilhões ao ano
Estudo da Fundação Getúlio Vargas mostra que modelo de mobilidade que prioriza os carros além prejudicar a qualidade de vida , não é inteligente do ponto de vista econômico
ADAMO BAZANI – CBN
Persistir nas políticas públicas que priorizam o transporte individual não só prejudica a qualidade de vida dos cidadãos, mas do ponto de vista econômico não é nada inteligente.
O que parece óbvio foi demonstrado em números por um estudo da Fundação Getúlio Vargas. Os dados são impressionantes e mostram que se o poder público, em suas diversas esferas, não priorizar os transportes coletivos, os cidadãos continuarão, pelos motores de seus carros, a literalmente queimar dinheiro.
Por ano, o trânsito para os cidadãos, de acordo com o estudo divulgado nesta semana, custa somente na cidade de São Paulo: entre R$ 30 bilhões e R$ 40 bilhões. Dinheiro que poderia ser usado para a qualidade de vida das pessoas.
E quem usa somente carro em nome de um conforto e de uma rapidez que são cada vez menores, paga muito caro por isso.
Com o trânsito complicado, o consumo de combustível cresce gradativamente para se percorrer a mesma quilometragem.
Segundo a estimativa da FGV – Fundação Getúlio Vargas, cada paulistano gastou R$ 2 mil 670 com gasolina no ano, isso sem levar em consideração os impostos e custos de manutenção e estacionamento do carro.
De acordo com os especialistas, deste total de combustível, praticamente um terço, R$ 930, foi desperdiçado nos congestionamentos. É combustível queimado com carros parados ou em baixa velocidade.
E quanto mais combustível queimado, mais poluentes lançados na atmosfera.
O estudo mostra que só por causa da poluição gerada pelos congestionamentos dos automóveis, o cidadão paulistano em média gasta R$ 88 por mês, seja em tratamentos médicos, remédios simples para dores de cabeça que não necessitam de prescrição médica, fora os casos de acompanhamento de doenças mais graves.
O estudo mostra a necessidade de investimentos em transportes públicos de maneira urgente. Enquanto se planeja grandes redes de metrôs e trens, que são necessárias, ações com resultados satisfatórios por longo prazo e mais rápidas devem ser tomadas, como criação de corredores de ônibus de alta e média capacidade e faixas exclusivas onde não há estrutura para obras.
Se o transporte coletivo for mais rápido e mais confortável, as pessoas vão sentir estimuladas a usá-lo. Com isso, o espaço urbano vai ser aproveitado de melhor maneira (ônibus, trem e metrô poupam área urbana) e a qualidade de vida será ampliada.
Ao substituir de uma só vez de 40 a 80 carros de passeio, os ônibus já trazem vantagens ambientais.
Quando o ônibus segue em corredores, desenvolvendo uma velocidade maior e estando livre do para e anda dos congestionamentos com melhor desempenho da máquina, ele gasta menos combustível, o que reduz a poluição e os custos de operação, podendo refletir no valor das passagens.
Se os ônibus forem movidos por combustíveis e formas de tração limpas, as vantagens são maiores ainda, tanto econômicas como ambientais. É o exemplo dos veículos elétrico-híbridos, dos trólebus, que hoje são cada vez mais modernos, e ônibus a etanol, células de hidrogênio e a biodiesel.
Estudo da Fundação Getúlio Vargas mostra que modelo de mobilidade que prioriza os carros além prejudicar a qualidade de vida , não é inteligente do ponto de vista econômico
ADAMO BAZANI – CBN
Persistir nas políticas públicas que priorizam o transporte individual não só prejudica a qualidade de vida dos cidadãos, mas do ponto de vista econômico não é nada inteligente.
O que parece óbvio foi demonstrado em números por um estudo da Fundação Getúlio Vargas. Os dados são impressionantes e mostram que se o poder público, em suas diversas esferas, não priorizar os transportes coletivos, os cidadãos continuarão, pelos motores de seus carros, a literalmente queimar dinheiro.
Por ano, o trânsito para os cidadãos, de acordo com o estudo divulgado nesta semana, custa somente na cidade de São Paulo: entre R$ 30 bilhões e R$ 40 bilhões. Dinheiro que poderia ser usado para a qualidade de vida das pessoas.
E quem usa somente carro em nome de um conforto e de uma rapidez que são cada vez menores, paga muito caro por isso.
Com o trânsito complicado, o consumo de combustível cresce gradativamente para se percorrer a mesma quilometragem.
Segundo a estimativa da FGV – Fundação Getúlio Vargas, cada paulistano gastou R$ 2 mil 670 com gasolina no ano, isso sem levar em consideração os impostos e custos de manutenção e estacionamento do carro.
De acordo com os especialistas, deste total de combustível, praticamente um terço, R$ 930, foi desperdiçado nos congestionamentos. É combustível queimado com carros parados ou em baixa velocidade.
E quanto mais combustível queimado, mais poluentes lançados na atmosfera.
O estudo mostra que só por causa da poluição gerada pelos congestionamentos dos automóveis, o cidadão paulistano em média gasta R$ 88 por mês, seja em tratamentos médicos, remédios simples para dores de cabeça que não necessitam de prescrição médica, fora os casos de acompanhamento de doenças mais graves.
O estudo mostra a necessidade de investimentos em transportes públicos de maneira urgente. Enquanto se planeja grandes redes de metrôs e trens, que são necessárias, ações com resultados satisfatórios por longo prazo e mais rápidas devem ser tomadas, como criação de corredores de ônibus de alta e média capacidade e faixas exclusivas onde não há estrutura para obras.
Se o transporte coletivo for mais rápido e mais confortável, as pessoas vão sentir estimuladas a usá-lo. Com isso, o espaço urbano vai ser aproveitado de melhor maneira (ônibus, trem e metrô poupam área urbana) e a qualidade de vida será ampliada.
Ao substituir de uma só vez de 40 a 80 carros de passeio, os ônibus já trazem vantagens ambientais.
Quando o ônibus segue em corredores, desenvolvendo uma velocidade maior e estando livre do para e anda dos congestionamentos com melhor desempenho da máquina, ele gasta menos combustível, o que reduz a poluição e os custos de operação, podendo refletir no valor das passagens.
Se os ônibus forem movidos por combustíveis e formas de tração limpas, as vantagens são maiores ainda, tanto econômicas como ambientais. É o exemplo dos veículos elétrico-híbridos, dos trólebus, que hoje são cada vez mais modernos, e ônibus a etanol, células de hidrogênio e a biodiesel.
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