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Editorial: Ônibus e bicicleta podem conviver num mesmo espaço?
Bicicleta deve ser reconhecida como meio de transporte, mas incentivar uso da bicicleta no meio do trânsito é um assassinato em nome da demagogia
ADAMO BAZANI – CBN
Recentemente, vários acidentes envolvendo ônibus e bicicletas ganharam destaque na mídia e foi levantada a seguinte questão: Ônibus e bicicletas podem conviver no mesmo espaço?
A resposta é NÃO!
Isso pode chocar os sustentáveis de plantão, mas esta é a realidade das ruas.
Incentivar hoje as pessoas a se deslocarem de bicicleta para o trabalho ou escola sem dar condições de segurança em ciclovias e com a conscientização de motoristas, é um assassinato em nome da demagogia.
A bicicleta pode e deve ser encarada como meio de transporte para o dia a dia e deve ser integrada ao transporte público para que as cidades sejam mais limpas, sustentáveis e para que as pessoas se locomovam melhor, poupando o já disputado espaço urbano.
Mas incentivar as pessoas com bicicletas a peitarem os gigantes ônibus e caminhões ou desafiarem o desrespeito de motoristas de carro, é uma irresponsabilidade criminosa!
A ideia de fazer com que as bicicletas compartilhem as faixas de ônibus deveria ser considerada ação hedionda com requintes de crueldade.
Primeiro pela postura dos motoristas, que deve ser mudada. É verdade que hoje a maior parte dos motoristas não respeita quem está bicicleta. Assim, cursos de qualificação são essenciais. Mas deixemos de ser hipócritas.
Só curso não adianta. Tecnicamente é impossível colocar ônibus e bicicleta no mesmo espaço.
A regra de manter 1,5 metro de distância de um ciclista é IMPOSSÍVEL de ser cumprida SIM. Para comportar o trânsito nas cidades, hoje as faixas de rolamento estão cada vez mais estreitas. Tem faixa com 3 metros de largura. Levando em consideração que a largura de um ônibus é entre 2,40 metros e 2,60 metros, manter um metro e meio de distância do ciclista é meio que desafiar a lei da física.
E outra, o ônibus é um veículo grande, um convencional mede entre 12,5 metros e 13,2 metros, fora os de três eixos de 15 metros, os articulados de 18 metros a 23 metros e os biarticulados entre 26 metros e 28 metros de comprimento.
Por mais que a tecnologia evoluiu, com retrovisores modernos que mostram mais áreas na lataria, veículos até com câmeras cujas imagens são exibidas no painel para o motorista, os ônibus ainda têm o chamado “ponto cego” e sempre vão ter.
São áreas na lataria que, dependendo da manobra, o motorista não consegue visualizar.
Quanto menor o volume ao lado do ônibus, como um pedestre, uma moto ou um ciclista, mais difícil será a visualização.
Não é ser contra o ciclista ou motorista de ônibus.
Os dois meios de transporte devem se integrar, com ciclovias e corredores de ônibus que contem com bicicletários. Mas a integração não pode ser de qualquer maneira como os ciclochatos querem.
Essas pessoas, além de pouco usar a bicicleta de verdade, nunca sentaram ao banco de um motorista de ônibus. Não sabem como é difícil num trânsito estressante controlar uma máquina gigante, às vezes com mais de cem pessoas dentro dela, tendo de dirigir, cobrar a passagem às vezes, ouvir reclamação de atrasos que nem sempre são culpa do motorista, campainhas, buzinas, passageiros mal educados, medo de assaltos, funkeiros com som alto, calor, barulho.
Viva a bicicleta. Viva o transporte público. Mas cada um no seu espaço, de forma integrada, e sem hipocrisia. O cicloativismo é mais uma das modinhas que não contribuem em nada para a sociedade, muito menos para os ciclistas.
Bicicleta deve ser reconhecida como meio de transporte, mas incentivar uso da bicicleta no meio do trânsito é um assassinato em nome da demagogia
ADAMO BAZANI – CBN
Recentemente, vários acidentes envolvendo ônibus e bicicletas ganharam destaque na mídia e foi levantada a seguinte questão: Ônibus e bicicletas podem conviver no mesmo espaço?
A resposta é NÃO!
Isso pode chocar os sustentáveis de plantão, mas esta é a realidade das ruas.
Incentivar hoje as pessoas a se deslocarem de bicicleta para o trabalho ou escola sem dar condições de segurança em ciclovias e com a conscientização de motoristas, é um assassinato em nome da demagogia.
A bicicleta pode e deve ser encarada como meio de transporte para o dia a dia e deve ser integrada ao transporte público para que as cidades sejam mais limpas, sustentáveis e para que as pessoas se locomovam melhor, poupando o já disputado espaço urbano.
Mas incentivar as pessoas com bicicletas a peitarem os gigantes ônibus e caminhões ou desafiarem o desrespeito de motoristas de carro, é uma irresponsabilidade criminosa!
A ideia de fazer com que as bicicletas compartilhem as faixas de ônibus deveria ser considerada ação hedionda com requintes de crueldade.
Primeiro pela postura dos motoristas, que deve ser mudada. É verdade que hoje a maior parte dos motoristas não respeita quem está bicicleta. Assim, cursos de qualificação são essenciais. Mas deixemos de ser hipócritas.
Só curso não adianta. Tecnicamente é impossível colocar ônibus e bicicleta no mesmo espaço.
A regra de manter 1,5 metro de distância de um ciclista é IMPOSSÍVEL de ser cumprida SIM. Para comportar o trânsito nas cidades, hoje as faixas de rolamento estão cada vez mais estreitas. Tem faixa com 3 metros de largura. Levando em consideração que a largura de um ônibus é entre 2,40 metros e 2,60 metros, manter um metro e meio de distância do ciclista é meio que desafiar a lei da física.
E outra, o ônibus é um veículo grande, um convencional mede entre 12,5 metros e 13,2 metros, fora os de três eixos de 15 metros, os articulados de 18 metros a 23 metros e os biarticulados entre 26 metros e 28 metros de comprimento.
Por mais que a tecnologia evoluiu, com retrovisores modernos que mostram mais áreas na lataria, veículos até com câmeras cujas imagens são exibidas no painel para o motorista, os ônibus ainda têm o chamado “ponto cego” e sempre vão ter.
São áreas na lataria que, dependendo da manobra, o motorista não consegue visualizar.
Quanto menor o volume ao lado do ônibus, como um pedestre, uma moto ou um ciclista, mais difícil será a visualização.
Não é ser contra o ciclista ou motorista de ônibus.
Os dois meios de transporte devem se integrar, com ciclovias e corredores de ônibus que contem com bicicletários. Mas a integração não pode ser de qualquer maneira como os ciclochatos querem.
Essas pessoas, além de pouco usar a bicicleta de verdade, nunca sentaram ao banco de um motorista de ônibus. Não sabem como é difícil num trânsito estressante controlar uma máquina gigante, às vezes com mais de cem pessoas dentro dela, tendo de dirigir, cobrar a passagem às vezes, ouvir reclamação de atrasos que nem sempre são culpa do motorista, campainhas, buzinas, passageiros mal educados, medo de assaltos, funkeiros com som alto, calor, barulho.
Viva a bicicleta. Viva o transporte público. Mas cada um no seu espaço, de forma integrada, e sem hipocrisia. O cicloativismo é mais uma das modinhas que não contribuem em nada para a sociedade, muito menos para os ciclistas.
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