Auditório lotado. Sucesso de público em mais uma atividade produtiva em favor da população promovida pelo mandato do deputado Gerson Bittencourt (PT). Cerca de 400 pessoas compareceram à audiência pública realizada na manhã desta terça-feira na Assembleia Legislativa, em comemoração aos 9 anos da implantação do bilhete único na cidade de São Paulo. A audiência foi promovida pela Frente Parlamentar em Defesa da Implantação do Bilhete Único Metropolitano, coordenada pelo deputado Gerson Bittencourt. O deputado apresentou uma proposta para que o bilhete único, implantado em São Paulo e Guarulhos, possa ser utilizado pelos usuários do transporte coletivo nas duas cidades paulistas.
Presentes na audiência, os secretários de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, e de Guarulhos, Atílio André Pereira, aceitaram o desafio e se prontificaram a dar início aos estudos para a integração do uso do bilhete único.
Estava presente também na audiência o secretário de Transportes de Campinas, Sergio Benassi, e o presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Ailton Brasiliense. Participaram também da audiência os deputados Ênio Tatto (PT), primeiro secretário da Assembleia Legislativa, Antonio Mentor (PT), presidente da Comissão de Transportes da Alesp, Luiz Moura (PT), Alencar Santana (PT) e Geraldo Cruz (PT) e José Zico Prado (PT).
O evento contou também com a presença de vereadores, gestores e representantes da sociedade civil de diversas cidades do Estado.
“Quem mora em Guarulhos e trabalha ou estuda em São Paulo e vice-versa poderão utilizar o cartão, com os benefícios proporcionados pelo bilhete único”, explica o deputado. Segundo ele, é possível do ponto técnico e operacional a integração do uso do sistema.
Já o secretário de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, considera “a ideia genial, pois não há custos nem dificuldades técnicas e vai facilitar a vida dos usuários”. Segundo ele, se o cidadão usar o bilhete em São Paulo, o dinheiro fica para São Paulo, valendo o mesmo para Guarulhos. O secretário entende que “o governo do Estado não liderou este processo, exemplo disso é a EMTU, que ainda não faz parte da integração”.
O secretário de Transportes de Guarulhos, Atílio André Pereira, fez, durante a audiência, um telefonema ao prefeito Sebastião Almeida e relatou a proposta. “O prefeito autorizou a análise técnica da proposta, pois avaliamos que é possível fazer a integração do uso, sem prejuízos para a administração e com ganhos para os usuários”, ponderou o secretário.
Para Gerson Bittencourt, o uso do bilhete único é uma forma criativa e plausível “para não esperar mais a inoperância do governo do estado, que há mais de dez anos discute a implantação do bilhete único na Região Metropolitana de São Paulo”. O deputado também sugeriu ao secretário de Transportes de Campinas, Sérgio Benassi, que estude esta integração entre Campinas e outras cidades da Região Metropolitana.
Após a implantação do Bilhete Único, em 2004, o número de viagens da SPTrans (São Paulo Transportes) passou de 1,2 bilhões para 2,9 bilhões em 2012.
Na cidade de Campinas, o número de viagens passou de 109,2 milhões em 2005 para 183,6 milhões em 2012, segundo a Emdec (Empresa de Desenvolvimento de Campinas)
Já em Guarulhos passou de 88 milhões de viagens em 2010 para 148 milhões em 2012.
“O Bilhete Único é sem duvida um projeto inovador, bem planejado e com forte inclusão social. Foram cerca de 30 bilhões de viagens, gerando uma economia de mais de 15 bilhões de reais nestas três cidades”, concluiu o deputado.
Desafios
Nas reuniões que serão realizadas a partir desta semana entre os técnicos da secretaria de Transportes de Guarulhos e São Paulo, estarão em discussão os seguintes temas: agregar outras vantagens ao transporte público para além das obras do PAC e dos governos estadual e municipal. Pensar a mobilidade urbana e priorizar o transporte público e coletivo; avançar no conceito temporal de tarifa, ampliando para outras possibilidades – Mensal, semanal e diário; buscar alternativas para baratear as tarifas, como por exemplo desoneração, subsídios e também a racionalização de sistemas; integrar todos os sistemas e modais, preferencialmente organizados nas regiões metropolitanas, através do Bilhete Único Metropolitano.
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