O presidente da Santos Brasil, Antônio Carlos Sepúlveda, afirmou nesta terça-feira que o pacote anunciado para o setor portuário na semana passada surtirá efeito no médio prazo, num período entre seis e oito anos.
Segundo o executivo, a Medida Provisória 595 é um aperfeiçoamento da Lei dos Portos e elimina conflitos que estavam permeando o setor, deixando claro como as empresas poderão investir dentro e fora dos portos públicos. A MP acaba com a diferenciação entre carga própria e de terceiros e estimula, assim, a autorização de novos terminais do tipo fora do porto público.
“Haverá uma mudança de como os investimentos serão feitos”, afirmou Sepúlveda, ressaltando que o fim da interferência do governo fora dos portos públicos se trata de um aspecto positivo do pacote portuário. “Haverá uma nova onda de grandes projetos.”
Sepúlveda também indicou não esperar maior competição no setor, dado que a concorrência já é elevada, e afirmou que, no curto prazo, as regiões Norte e Nordeste poderão sentir os maiores efeitos do pacote, já que os terminais existentes em Manaus e Suape estão operando no limite.
“Mais do que competição, vejo oportunidades de investimentos em novos negócios”, afirmou o presidente, que disse que a taxa interna de retorno do setor está na casa dos dois dígitos, pouco acima dos 10%.
Fonte: Valor Online, Por Beatriz Cutait
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