O próximo ano será marcado pela eliminação de gargalos rodoviários e aquaviários que há muito tempo atrapalham a vida dos usuários do Porto de Santos.
O fim das obras de construção da Avenida Perimetral da Margem Esquerda (Guarujá) do Porto e a confirmação da conclusão da dragagem de aprofundamento do canal de navegação serão dois marcos na atividade do maior complexo portuário da América do Sul em 2013.
De acordo com o diretor de Infraestrutura e Execução de Obras da Codesp, Paulino Moreira da Silva Vicente, os dois novos viadutos da Avenida Perimetral da Margem Esquerda serão entregues em 30 de janeiro, assim como as rotatórias que vão facilitar o acesso aos terminais portuários daquela região. A obra completa será aberta ao tráfego no dia 30 de abril.
Os viadutos terão, cada um, 450 metros de extensão. Eles são considerados fundamentais para eliminar o incômodo cruzamento de caminhões e trens que ocorre na via que atende aos terminais de Guarujá.
O elevado de acesso ao Porto (entrada) direcionará o fluxo de veículos até uma rotatória, que o distribuirá para às instalações marítimas locais – o Terminal de Contêineres (Tecon), operado pela Santos Brasil, o Terminal Marítimo do Guarujá (Termag) e o Terminal de Granéis de Guarujá (TGG). Esse viaduto terá três faixas de rolagem.
O outro elevado (de saída) contará com duas faixas de rolagem e receberá o fluxo de veículos procedentes do cais e dos pátios do Tecon e do terminal retroportuário do Grupo Localfrio.
Além da construção dos viadutos, o projeto da Perimetral envolve o alargamento da Avenida Santos Dumont, principal via de acesso aos terminais do Guarujá, e a remodelação da Rua Idalino Pinez (também conhecida como Rua do Adubo), a única ligação entre a Rodovia Cônego Domenico Rangoni e a Santos Dumont.
A construção de uma ciclovia junto às pistas destinadas ao tráfego urbano também está prevista no projeto, que contempla ainda novos sistemas de iluminação, paisagismo, sinalização e pavimentação. Todas essas etapas serão concluídas até 30 de abril.
Dragagem
O acesso de grandes navios ao Porto de Santos, durante muitos anos, foi impedido pela baixa profundidade do canal de navegação, que era de 13 metros, em média. Hoje, com a obra de dragagem concluída, a eliminação desse limite depende apenas da oficialização dos dados da nova profundidade.
A Secretaria de Portos (SEP) protocolou, há três semanas, na Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) da Marinha, os resultados da última batimetria (exame de verificação de profundidade) do Trecho 1 do Porto de Santos.
A inteção é que a área – que segue da entrada do complexo, na barra, ao entreposto de pesca – tenha seus 15 metros oficializados no próximo mês. A dragagem nessa área precisou ser refeita devido à identificação de pontos com uma profundidade inferior à planejada.
Todos os quatro trechos do canal de navegação (a calha central do estuário) do Porto devem ter suas novas profundidades homologadas até março do próximo ano. Além do trecho 1, o Trecho 2 (que vai do entreposto de pesca até as torres do sistema de transmissão de energia, ao lado do Terminal de Passageiros Giusfredo Santini) terá seus 15 metros oficializados até o final do próximo mês.
Outras etapas do projeto de aprofundamento do canal de navegação do Porto serão concluídas no próximo semestre. É o caso da retirada dos destroços do navio Ais Giorgis, submersos no canal há quase 40 anos. A extração dessas peças está prevista para o início do ano que vem. Três delas, que já foram cortadas, serão içadas até janeiro.
Os restos do cargueiro estão localizados próximos à Margem Esquerda, na direção do Armazém 20 (onde funciona o Terminal Açucareiro Copersucar). O local é delimitado por boias de sinalização, para indicar por onde os navios podem trafegar.
A retirada do que restou do Ais Giorgis é considerada fundamental para melhorar as condições de segurança à navegação e, sobretudo, viabilizar a conclusão da dragagem de aprofundamento para 15 metros e o alargamento de 150 para 220 metros da via navegável do canal.
Fonte: A Tribuna, Por Fernanda Balbino
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