Usuários de um dos principais meios de transporte da maior metrópole brasileira enfrentaram mais uma situação de risco nesta terça-feira (18).
Usuários de um dos principais meios de transporte da maior metrópole brasileira enfrentaram mais uma situação de risco nesta terça-feira (18). Trinta pessoas se feriram quando dois trens bateram, na Grande São Paulo. A quarta colisão este ano.
O tráfego na linha parou de novo. Um trem que fazia manobras na estação de Francisco Morato, na Grande São Paulo, bateu em outro que estava parado na plataforma.
“Quando acontece isso, a gente fica dependendo de ônibus”, diz um homem.
Trinta passageiros, feridos levemente, foram atendidos em hospitais da região.
“Uma pancada feia, chegou a fazer um estalo. Foi com tudo. Eu pensei assim: hoje eu morro”, conta a auxiliar de limpeza Regiane Balduíno.
Foram cinco horas para retirar os trens. O sistema se normalizou aos poucos.
Se problemas no sistema fossem raros, o usuário até entenderia. Só que, com esse caso, já são 152 as ocorrências que de alguma forma prejudicaram o serviço dos trens da CPTM. Só este ano, houve outras três colisões, dezenas de panes no sistema de energia elétrica, problemas nos trens, na sinalização e manobras erradas. A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos considera que, no ano, houve 28 ocorrências graves. Quem sofre são eles.
Em uma das principais estações de trem de São Paulo, o movimento é intenso o dia inteiro. Quando há uma interrupção no serviço de uma, duas, três horas ou até mais, dá para se ter uma ideia de quantas pessoas são prejudicadas.
São 2,6 milhões passageiros por dia. O gerente de operações da CPTM, Francisco Pierrini, diz que boa parte dos problemas ocorre porque o sistema elétrico e o de sinalização das linhas são muito antigos e estão sendo modernizados.
“A gente costuma dizer que a gente está trocando o pneu com o carro andando. Até o final de 2013, a CPTM espera estar concretizando esse grande processo de modernização, e aí, então, melhorando o sistema e diminuindo a probabilidade de ocorrências”, aponta ele.
“O dia que o trem para, a cidade para. Isso daí é muito difícil para a gente”, conclui um passageiro.
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