quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

EUA são foco da Embraer para crescimento no ano que vem



Foto: Embraer
Decepcionada com o crescimento abaixo do esperado nos países emergentes, a Embraer espera crescimento significativo nos mercado norte-americano de aviação civil no ano que vem.
A alta deve vir não só do reaquecimento da economia dos EUA, mas da mudança que permite a companhias regionais terem aeronaves com mais de 50 anos. São os EUA o principal foco da companhia para o ano que vem.
A companhia já é líder, com 43%, do mercado de aviões com 60 a 120 lugares e acredita que deverá manter a posição, em parte também com encomendas para o Leste Europeu.
Apesar do dinamismo americano, a fabricante brasileira espera estabilização ou queda na área de aviação civil. Não prevê, no entanto, diminuição da força de trabalho, uma vez que a redução nessa área deve ser compensada e até superada pelo crescimento nos setores de aviação executiva e de defesa.
Os prognósticos foram apresentados em almoço de final de ano, em São Paulo.
Defesa e segurança
Para o ano que vem, ela espera estar lançando o primeiro jato Legacy produzido na nova fábrica da China. A aviação executiva é hoje o segundo negócio da empresa –a Embraer tem cerca de cem jatos voando no país–, mas o setor de defesa e segurança tem crescido mais rapidamente, provocando uma “concorrência interna saudável”, segundo a direção. O setor passou de 4% das receitas da corporação para 15% e a empresa acredita que há potencial para crescer mais.
Considerada estratégica do ponto de vista de diversificação, a área tem crescimento esperado de 15% no próximo ano. A empresa tem dois grandes projetos no segmento de defesa: o cargueiro militar KC-390 e o desenvolvimento de sistemas terrestres de defesa.
O KC-390 deve chegar ao mercado também no ano que vem. As primeiras unidades –em torno de 28– serão usadas pela Força Aérea do Brasil. Há no total 60 cartas de intenção, de diferentes países.
Segundo a Embraer, o mercado de cargueiros militares é promissor, porque a maioria dos países usa hoje aviões da Lokheed que já tem muito tempo em atividade e precisarão ser substituídos. O KC-390, com capacidade para mais de 20 toneladas (o peso de cinco elefantes adultos), deve concorrer com o Hercules, da concorrente.
Perguntada sobre a possibilidade entrar também no mercado de barcos, a empresa disse que seria tecnicamente viável, já que são veículos menos complexos que aviões, e que, na área de defesa, não se descarta nenhuma possibilidade.
Engenharia
Outro investimento estratégico da Embraer será na área de pesquisa e desenvolvimento. A companhia abriu neste ano uma empresa de engenharia em Belo Horizonte, num polo de tecnologia que tem a participação da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
A unidade começa a trabalhar com cem engenheiros. Um segundo novo escritório, na Flórida (EUA), terá 200 engenheiros.
Fonte: Folha de S. Paulo

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