segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Leilão do trem-bala passa por “avaliação política”, diz EPL


Foto: Reprodução
O presidente da EPL (Empresa de Planejamento e Logística), Bernardo Figueiredo, disse nesta segunda-feira (5) que a realização do leilão do trem-bala está passando por uma “avaliação política”, mas, que, por enquanto, o certame está mantido.
“O governo tem de avaliar politicamente diversos fatores, como o acidente na Espanha e a denúncia sobre cartel (em licitações públicas). Mas a orientação (sobre cancelamento ou não) deve vir do Ministério dos Transportes e, por enquanto, para nós está valendo o que está escrito”, disse ele em São Paulo, após participar do Congresso Brasileiro do Agronegócio.
O acidente de trem na Espanha, no mês passado, pode dificultar a participação da empresa espanhola Renfe na concorrência. Isso porque um item do edital do trem-bala no Brasil diz que a operadora precisa declarar que “não participou da operação de qualquer sistema de TAV (Trem de Alta Velocidade) onde tenha ocorrido acidente fatal, no período de comprovação indicado (5 anos), por causas imputáveis à operação do sistema”.
Figueiredo afirmou, no entanto, que o governo espanhol informou que o trem envolvido no acidente é de média velocidade e que, portanto, não há um impedimento automático para o grupo espanhol participar do leilão. “Mas esse é um fator que precisa passar pela avaliação da ANTT. Mas é uma coisa que preocupa porque pode tirar um player do processo. É isso o que o governo tem de avaliar”, disse.
Denúncias 
Ele também comentou a denúncia feita pela Siemens de cartel em concorrências públicas em São Paulo e no Distrito Federal. Segundo ele, as empresas denunciadas não estarão impedidas de participar.
“A informação que tivemos do Cade é que não há vinculação entre um processo e outro. O caso do trem-bala é um cartel pela própria natureza, pois tem poucas empresas interessadas em participar.”
Figueiredo disse ainda que não há falta de interesse do investidor pelos leilões de rodovias e ferrovias. “Tudo foi feito em consenso, não tem nenhuma briga com o mercado. Precisamos esperar a liberação do edital pelo TCU e testar o mercado”, afirmou, referindo-se aos leilões de ferrovias.
Fonte: Folha de S. Paulo, Por Tatiana Freitas

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