247 – Amigo de d. Ruth Cardoso, o ex-secretário executivo dos ministérios do Esporte e dos Transportes e ex-secretário dos Transportes Metropolitanos de São Paulo José Luís Portela sempre frequentou, pessoal e administrativamente, o círculo mais próximo ao ex-presidente Fernando Henrique. Agora, o mesmo Portelinha, como é chamado carinhosamente no PSDB, aparece no centro do caso Siemens (leia mais aqui)
Ele teria participado de uma conversa entre o então governador José Serra e um diretor da multinacional de arranjo na licitação para a compra de 40 trens para São Paulo. A história do poder tucano passa por ele.
Portelinha é um sólido fio condutor entre o que deu certo, do ponto de vista dos tucanos, em termos administrativos e políticos, nas gestões FH e Serra. Foi reconhecido por isso, sempre alcançando visibilidade na mídia a partir de seus cargos poderosos. No momento, ele publica artigos sem regularidade sobre futebol. Essa discrição foi quebrada pelo caso Siemens.
REELEIÇÃO - Antes de aparecer no meio da conversa em Amsterdã, segundo denúncia da Siemens, Portelinha acompanhou de dentro do governo, em sua estratégia posição no Ministério dos Transportes, o processo político de reeleição de Fernando Henrique.
Denúncias de compras de votos entre os deputados chegaram a atingir o então deputado Eliseu Padilha, coordenador da reeleição na Câmara, pelo PMDB, que foi ministro dos Transportes.
Nos bastidores do PSDB, ele é visto como homem de extrema confiança de Serra. Só isso justificaria sua presença na conversa informada pelo diretor da Siemens, tamanha a discrição típica de José Serra. O próprio Portelinha não divulgou ainda uma versão própria sobre o episódio.
JUMENTO? - Como secretário de Transportes Metropolitanos do governo Serra, ele atuou diretamente na formulação e execução de todos os planos sobre trens e metrô. Hoje, documentos em posse do Cade, divulgados pela mídia, dão conta de arranjo em licitação para a compra de 40 trens e formação de cartel de 15 empresas para a realização das obras.
Tudo mediante de propinas milionárias, como um redondo R$ 1.000.000,00 para um personagem chamado, em agenda, pela Siemens, de "jumento". Quem seria? Talvez o ex-secretário Portela saiba ou não quem é esse tal. Só ele contando o que sabe sobre aquele momento da história da administração de São Paulo para esclarecer.
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