Do Tijolaço
O caso Siemens-Alstom começou a mastigar tucanos de alta linhagem.
O primeiro lugar coube ao senhor Angelo Andrea Matarazzo, ex-secretário de Covas, ex-Ministro da Secom de Fernando Henrique, ex-secretário de Alckmin eex-guardador de lugar para Serra concorrer a prefeito.
Andrea Matarazzo foi indiciado pela Polícia Federal, anuncia a Folha, “por considerar que ele recebeu propina do grupo francês Alstom quando foi secretário estadual de Energia, em 1998.”
O inquérito está concluído desde agosto do ano passado e está esperando (esperando, esperando, esperando) o Ministério Público do Dr. Roberto Gurgel.
Junto com ele, foi pedida a responsabilização judicial de dois dirigentes de uma estatal paulista que negociou com a Alstom um contrato de R$ 72 milhões, a Empresa Paulista de Transmissão de Energia, depois privatizada, e de dois diretores da multinacional francesa.
Em sua defesa, Matarazzo diz que os diretores da EPTE ” já estavam quando tornei-me (sic) secretário”.
Já no Estadão, que fica nu com a mão no bolso é o senhor Geraldo Alckmin.
O jornal publica a decisão do Ministério Público de criar uma força-tarefa de 10 promotores para levar adiante 45 inquéritos sobre a atuação do cartel dos trens em licitações do governo de São Paulo.
O promotor Valter Santin, ao lado de dois outros colegas, diz aquilo que o governador de São Paulo deveria saber ou parar de fingir que não sabe:
“O cartel é investigado pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica, ligado ao Ministério da Justiça). Nós apuramos a improbidade administrativa e o enriquecimento ilícito de agentes públicos”
Não é isso o que o Dr. Alckmin diz que quer apurar?
Por isso, ontem, este Tijolaço afirmou que sua atitude era teatral.
E o seu papel cínico de “vítima” não durou nem 24 horas.
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