domingo, 25 de agosto de 2013

Silêncio sobre bomba da Istoé desmascara cartel da mídia

Com toda esse escândalo do PSDB em São Paulo, porque a Sonia Bridi do Fantástico ainda não fez uma matéria de 10 minutos como costuma fazer quando o assunto envolve o governo federal? Mesmo se for por suspeitas tênues? Inclusive dando uma direção emotiva à matéria, junto com o tucano do IPEA e o do TCU? Esse deve ser o maior esquema de corrupção documentado do Brasil. Os contratos ultrapassam R$ 40 bilhões e entre R$ 4 bilhões e R$ 12 bilhões poder ter sido roubados do povo paulista.Isso mostra que a função da Sonia Bridi não é brigar pelo bom uso do dinheiro público e sim atacar o governo federal. Ela deveria entrevistar o governador tucano Geraldo Alckmin, o ex José Chirico Serra e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Também poderia perguntar ao MPE-SP, MPF-SP e TCE-SP, que apesar de custarem bilhões dos cofres públicos, deixaram que essa quadrilha operasse por tanto tempo, apesar de documentos de posse dessas instituições recomendarem as investigações? Se isso tivesse acontece, bilhões de reais não teriam sido desviados e o povo paulista teria uma mobilidade urbana muito melhor, com pelo menos mais uma linha de Metrô, com 24 quilômetros que poderiam transportar mais 1,2 milhão de passageiros diariamente. O Fantástico e os seus apresentadores que fazem cara de nojo e ressaltam que é o seu dinheiro que está indo pelo ralo é um programa sem nenhum compromisso moral, principalmente vindo de uma emissora acusada de sonegar R$ 600 milhões de reais (daria para fazer pelo menos 20 quilômetros de corredores de ônibus). As instituições brasileiras precisam passar por um sopro de transparência e vigilância. Elas estão se tornando cúmplices do crime organizado para lesar a população. Assim como a velha imprensa que tem interesses ideológicos  e financeiros com os grupos que estão surrupiando o povo paulista desde 1995. Eles formam uma comunidade e é por isso que as besteiras que Alckmin disse sobre a Siemens foram repercutidas de forma tão canhestras. Porque nenhum jornalista da Globo, Folha, Estado e Veja não perguntam aos tucanos sobre o propinotudo tucano? Quanto à Sonia Bridi e aos produtores do Fantástico estão escondendo o que pode ser o maior escândalo político do Brasil. É para isso que serve a grande imprensa brasileira. Se não houver democratização da mídia e as instituições como Ministérios Públicos e Tribunais de Contas, não forem republicanizadas, a corrupção implantada aqui desde 1500 continuará ad perpetum. Essa é a próxima etapa da luta política no Brasil, após vencermos a ditadura cívico-militar implantada com ajuda dos grandes meios de comunicação, do empresariado brasileiro e potências estrangeiras que tem interesse no atraso do Brasil, de vencer programa do FMI nos anos 1980 e do fundamentalismo neoliberal dos anos 1990 é agora de transformar as instituições brasileiras, deixar claro que o povo investe nelas para que funcionem e não ajam seletivamente como vem fazendo desde 2003. Sem a democratização e desconcentração da mídia no Brasil, a democracia brasileira está incompleta e sofre constantes riscos de retrocessos. Esses eventos demonstram bem de quem a imprensa brasileira está a serviço. Do nosso povo não é.

Comentário Setorial

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Silêncio sobre bomba da Istoé desmascara cartel da mídia

A eclosão do escândalo de corrupção em metrô e trens urbanos em gestões tucanas e democratas de São Paulo e Distrito Federal serviu, entre outras coisas, para desmascarar o falso moralismo da nossa grande imprensa. Não vimos até agora nenhum editorial furibundo cobrando ética e apuração rigorosa.
Mas a pior lição que tiramos de tudo isso acabamos de ver neste final de semana. Não são apenas empresas de transporte urbano que fazem cartel para fraudar a população, cumpliciadas ao governo. As empresas de mídia formam um cartel ainda mais nocivo ao bem público, porque mais dissimulado, além de afetar virtualmente todas as esferas da nossa vida social.
O poder da mídia deriva justamente dessa formação de cartel, cuja cabeça é a Rede Globo. Se a Veja publica uma denúncia qualquer sem fundamento, a notícia é repercutida em todos os jornalões e chega ao Jornal Nacional. Mas se outra revista, de fora do cartel, publica uma denúncia fundamentada em documentos oficiais, o cartel se sente no direito de silenciá-la, abafá-la, simplesmente não tocando no assunto. Claro, isso acontece sobretudo se a denúncia fere os interesses do cartel.
É o que acaba de acontecer. A Istoé publicou neste final de semana uma reportagem amplamente fundamentada em documentos, mostrando que o esquema de corrupção do governo tucano possuía uma conta no exterior. Deu o número da conta, o nome da conta, informou as pessoas que a operavam, asseverou que os documentos foram fornecidos por autoridades suíças e estão já em poder do Ministério da Justiça.
Silêncio sepulcral.
Ninguém fala nada.
Os colunistas ainda estão preocupados com os “médicos cubanos”.
A mesma coisa acontece com o escândalo fiscal da Globo. Sshhhhhh! Silêncio! Toda a conversa sobre imprensa “independente” foi pro ralo. Os jornalistas tem “independência” para falar mal de Lula, que tem um apartamento em São Bernardo do Campo. Não para falar de FHC, que tem apartamento em Paris. Nem da família Marinho, que tem milhares de imóveis e 52 bilhões de reais no bolso.
Este silêncio é outro escândalo de corrupção. O cartel da corrupção também está na mídia.
O governo do PSDB paga por este silêncio. Ontem informarmos aqui que o governo Alckminacaba de liberar R$ 4 milhões em assinaturas da Veja, Folha e Estadão para os jovens paulistanos da escola pública. Com este mesmo dinheiro, poderia distribuir milhares de tablets para os jovens acessarem livremente a internet. Mas o governo prefere mantê-los no cabresto da informação direcionada. Ele não tem controle sobre a internet, mas tem sobre a Veja, que só publica matérias favoráveis a seu governo.
Mas tem um problema. O silêncio da mídia se torna cada vez mais ensurdecedor. Com a internet, a farsa está ruindo. Essa é a razão do ódio cada vez maior que a direita tem dos blogs. Estamos acabando com a festinha deles.
Por: Miguel do Rosário 

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