segunda-feira, 19 de agosto de 2013

AS MÁQUINAS CHEGARAM. CHORA PLANETA!

Do Blog Zona Norte na Linha

A crítica a essa obra não é local nem regional. É planetária! Certos projetos, a essa altura do “desenvolvimento” da humanidade, não podem avançar sem uma avaliação absoluta de seu impacto no aquecimento global e no “custo-benefício” de sua realização. Isso não aconteceu, e a obra começou dia 12 de Março de 2013 (Dia do início do Apocalípse Ambiental da Metrópole). Agora as máquinas chegam ao Jardim Antárctica e Pedra Branca, a míseros 11 km do Marco Zero, e no pé do pulmão verde da cidade.
Transamazônica a 11 km da Sé.
Transamazônica a 11 km da Sé.
Onde estão os imóveis da CDHU para os removidos? Como está a desapropriação das áreas no entorno da pista de 150m x 45.000m, para criar os parques que poderiam proteger a região das invasões dos baixos dos viadutos? Por que as linhas de metrô não crescem, novas estações não são entregues, e R$ 6 bilhões são alocados nesse projeto rodoviarista que passa em cima do símbolo ambiental da cidade?
No comments.  Sem comentários.
No comments. Sem comentários.
O planeta é forte e aguenta. Por enquanto. Quando ele chorar, ah, vai alagar tudo!
EM TEMPO: Neste dia 20/08 (3ª-f), às 10h30, na Câmara Municipal de SP, haverá uma reunião da Comissão de Meio Ambiente, para discutir os impactos e as compensações, que incluem os parques de borda. Convocados CETESB e SVMA. A reunião será no auditório 1º de Maio, no 1º andar do prédio da Câmara.

AS MÁQUINAS CHEGARAM. NÃO DEU PRA SEGURAR.

AGOSTO 18, 2013
Deus é testemunha de como um grupo combativo, quixotescamente (porque sozinho!) lutou contra esse momento. A batalha perdida está toda registrada neste blog. Outra batalha começa, como disse o morador Paulo Cahim, do Jardim Itaguaçu que está nas fotos abaixo. Como vão ficar as compensações? Esse é o trecho do Rodoanel, em todo os seus 200 km de extensão, que passa mais perto do centro urbano. Essas fotos são a 12 km da Sé! Haverá urbanismos?
Dessa baixada vai decolar um viaduto pra subir a encosta do Itaguaçu
Dessa baixada vai decolar um viaduto pra subir a encosta do Itaguaçu
Logo após a entrada do condominío Itaguaçu a obra vai colocar um viaduto, com um vão livre de uns 30 metros de altura! Quem vai monitorar esses baixos? Tudo isso a 200 metros (!) da favela do córrego do Bispo. Não vai haver uma reurbanização e melhoria urbana com a passagem dessa obra? Ou a ocupação precária vai escorrer pros baixos do viaduto, de onde não se tira mais ninguém?
Um vão livre altíssimo vai se formar aí. Quem vai monitorar os baixos depois?
Um vão livre altíssimo vai se formar aí. Quem vai monitorar os baixos depois?
AGOSTO 18, 2013
Ao lado do piscinão do Bananal, Brasilândia, entre o Jardim Paraná e o Itaguaçu, apenas uma máquina belisca a terra, esperando os reforços que estão chegando. A obra vai chegar ao piscinão a partir da foto abaixo…
O viaduto chega por aqui...
O viaduto chega por aqui…
... e sai à esquerda, rumo Itaguaçu.  Tudo isso a 12 km do Marco Zero.
… e sai à esquerda, rumo Itaguaçu. Tudo isso a 12 km do Marco Zero.

… e seguir pela foto acima, rumo ao Itaguaçu, sentido Leste. Muitos viadutos e a pergunta é: quem vai administrar esses milhares de m2 de baixos de viaduto, na extrema periferia, no pé da Serra da Cantareira? Outra pergunta: como está a desapropriação da imensa área no entorno do piscinão, do sr. Luiz Tadeu, para fazer os parques de proteção? Se não tiver parque, os baixos dos viadutos viram favela em dois tempos!

ONDE ESTÃO AS MORADIAS, SR. PRESIDENTE DA DERSA?

AGOSTO 7, 2013
Em reunião da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal, em 06/08, o presidente da DERSA, Lawrence Casagrande, teve que responder perguntas dos vereadores e do público presente. A seguir os principais pontos:
Vereadores indagam o presidente da DERSA.
Vereadores indagam o presidente da DERSA.
1 – Até o momento estão cadastradas a desapropriação de 1.000 imóveis (que estão com a situação fundiária regular) e a remoção de 4.641 famílias (essas estão em terrenos irregulares). A maior preocupação está com essas famílias, que poderão optar por receber o valor dos investimentos (construções) feitos nos terrenos ou por receber um imóvel quitado da CDHU. Dúvidas surgiram: haverá imóveis do CDHU para todos os que optarem por essas unidades? E o mais grave: as obras do Rodoanel Norte já começaram… e cadê as unidades da CDHU?
2 – Foi consenso entre vereadores e o público presente que o auxílio-aluguel de R$ 480,00 é umvalor irrisório, para aqueles que tiverem que deixar suas moradias e aguardar pela entrega dos apartamentos da CDHU.
3 – Indicaram os locais da construção das unidades da CDHU: 118 unidades na Freguesia do Ó (Alamoique), 273 unidades no Jaraguá (Jaraguá Q), e 640 unidades em Perus (500 unidades em Badra e 140 unidades em Felipe Cardoso de Campos). Ou seja, muitas família serão removidas para áreas muito distantes de sua moradia atual. E no caso de Perus, que receberá 640 unidades, a preocupação é com a infraestrutura a ser oferecida a essas pessoas.
4- Não há um diálogo concreto e pro-ativo entre Secretaria Municipal do Verde e Meia Ambiente e a DERSA. Segundo essa empresa, já houve o depósito obrigatório de R$ 25 milhões (0,5% do custo da obra) em uma Câmara Ambiental do governo do Estado, e esse dinheiro aguarda projetos para execução. E foi afirmado que a DERSA pode fazer a compensação ambiental através de aquisição/ desapropriação de terrenos no entorno da obra, repassando-os para a prefeitura criar pelo menos alguns dos 10 parques de borda, no pé da Serra da Cantareira. Porém, isso tudo parece apenas engatinhar…
5 -A obra tem o compromisso de mitigar 140 hectares de matas devastadas, com o plantio de quase 1,7 milhão de mudas. O risco é que, conforme disse o presidente da DERSA, se a prefeitura não indicar locais de plantio próximo à obras, esse plantio poderá ser feito em outra região da cidade, ou até em outra cidade do estado! A prefeitura está atenta a isso?
6 – O transporte de resíduos sólidos da obra deverá impactar tremendamente as duas avenidas locais com trânsito já saturado: Deputado Cantídio Sampaio e Raimundo Pereira de Magalhães. Um engenheiro da DERSA afirmou que se estuda realizar esse transporte em horários alternativos, visando um impacto menor. Moradores de Perus, que usam essas avenidas, se preocuparam com a deterioração da superfície das avenidas, com centenas de caminhões pesados passando por elas diariamente.
Fizeram perguntas os seguintes vereadores: Aurélio Nomura (presidente da Comissão), David Soares, Sandra Tadeu, Gilberto Natalini, Police Neto e Paulo Fiorillo

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