Ônibus passam em menor quantidade e saem cheios da Joana Bezerra. Linhas que atendem Camaragibe e Jaboatão apresentam mais problemas.
Ônibus saem cheios do Terminal Joana Bezerra (Foto: Katherine Coutinho / G1)
Chegar de ônibus até o terminal de Joana Bezerra tem sido o principal problema levantado pelos passageiros, na manhã desta quarta-feira (04), primeiro dia da greve dos motoristas e passageiros da Região Metropolitana do Recife.
O auxiliar de produção Flávio Rocha saiu de casa, em Paulista, no Grande Recife, às 5h, como todas as manhãs. “Eu trabalho em Afogados, já estou atrasado para o trabalho. Só consegui chegar agora [7h30] aqui e ainda preciso pegar o metrô”.
A volta para casa mais tarde já é a preocupação do marceneiro Fábio Lima. “Eu levei mais de 50 minutos para conseguir pegar o ônibus em Dois Unidos [Recife]. Quero ver como vai ser à noite”, diz Fábio.
Maria Lucia disse que ônibus estão mais cheios (Foto: Katherine Coutinho / G1)
Moradora de Coqueiral, em Jaboatão dos Guararapes, Maria Lúcia Marinho já está acostumada a pegar o metrô. “Ele veio mais cheio hoje, mas o problema mesmo é chegar aqui e não conseguir pegar o [ônibus] PE-15. Está demorando muito mais que o normal. Eu pego às 7h, já são 7h30. Entendo que eles têm que lutar, mas não deviam atrapalhar a vida do próximo”, acredita a auxiliar de solda, que trabalha no bairro de Peixinhos, em Olinda.
Enfrentando também dificuldades para conseguir o ônibus na Joana Bezerra, a empregada doméstica Erilânia Souza chegou às 6h20 para pegar a linha Candeias – Joana Bezerra.
Às 7h40, o coletivo de que precisava ainda não tinha passado. “Ainda bem que minha patroa é compreensiva. Ontem eu larguei às 18h30 e só cheguei em casa às 22h. Essa história de greve não dá, eles têm que achar outro jeito. Para tudo na vida tem jeito, tem que conversar, o que não pode é a gente sair prejudicado”, defende Erilânia.
Erilânia enfrente dificuldade para ir até Candeias (Foto: Katherine Coutinho / G1)
Também cansado de esperar um ônibus, o vigilante José Carlos Farias tenta entender o lado dos grevistas. “Que não é justo eu ficar mais de meia hora em frente ao Fórum Joana Bezerra esperando, não é, mas a gente sabe que se não for assim, eles não conseguem aumento”, pondera José Carlos.
De acordo com a diretora de operações do Grande Recife Consórcio de Transportes, Taciana Ferreira, as linhas de ponta, como as de Camaragibe e Jaboatão dos Guararapes, são as que estão enfrentando mais problemas.
“Estamos vendo, hora a hora, aumentar o número de ônibus circulando. A previsão é otimista para o fim do dia”, afirma Taciana.
Fonte: G1, Por Katherine Coutinho
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