São Paulo - O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, assinou na manhã de hoje uma carta compromisso com dez propostas para integrarem a política de mobilidade de bicicletas na capital paulista, elaborada pelas organizações de ciclistas Ciclocidade e CicloBr. Durante o evento, o petista criticou a atual gestão de transportes do prefeito Gilberto Kassab (PSD), que ele acusa de ter promovido um "ciclo perverso" com a "falta de investimentos" no transporte. "O que essa administração (de Gilberto Kassab) fez foi paralisar os investimentos em transporte público", criticou. Haddad ainda distribuiu documento com as diretrizes que pretende adotar para o setor, caso eleito.
O candidato focou seu discurso em uma de suas propostas, de incorporar bicicletas públicas ao sistema de bilhete único com o lançamento de bicicletários pela cidade. "O usuário poderia usar a bicicleta e devolver sem custo, caso tome outro sistema de transporte público, como trem e metrô. Se não usar, será cobrado algo entre 20 e 25 centavos por trajeto", propôs. Numa crítica indireta à implementação de ciclo faixas para serem utilizadas nos finais de semana, como a que conecta a USP ao Parque Villa Lobos, Haddad afirmou que, se eleito, as bicicletas seriam tratadas como um "modal", não como lazer. "A bicicleta é um meio integrável aos transportes públicos. Ela tem um caráter individual e público como transporte modal", defendeu.
Perto das 10 horas da manhã deste domingo, Haddad e um grupo de aproximadamente 20 ciclistas percorreram o trajeto entre a Avenida Paulista e o diretório municipal do PT, no centro da cidade, onde o petista conversou com ativistas e jornalistas. Estavam presentes o senador Eduardo Suplicy e os vereadores Chico Macena e José Américo. Um comboio com cerca de dez carros e uma viatura da Polícia Militar acompanharam o grupo. Uma bicicleta com aparelhos de som repetiu o jingle da campanha do petista por todo o caminho.
Questionado sobre medidas para melhorar a segurança de ciclistas nas vias urbanas, Haddad disse que o aumento no número de usuários, "com a incorporação da bicicleta ao Bilhete Único", trará uma mudança na "maneira de o paulistano olhar esse sistema (bicicleta)". Segundo ele, o uso de bicicletas altera a percepção do tempo e do espaço dos usuários. "O ciclista tem outro olhar sobre a cidade, estamos encapsulados em nossos veículos. Tempo e espaço têm outro sentido (para os ciclistas)", filosofou.
Carros
Questionado por jornalistas se a política da presidente Dilma Rousseff de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de automóveis não é prejudicial ao trânsito urbano, Haddad disse que essa interpretação é "um equívoco", sob aplausos dos militantes presentes no encontro. "É um grande equívoco (essa relação). O trabalhador europeu tem carro, o americano também. Ter carro não significa utilizar para ir à escola ou ao trabalho. Não é tornando o carro inacessível que vamos ajudar (o trânsito)", rebateu.
Na opinião de Haddad, as medidas restritivas no uso de automóveis não podem ser pensadas sem um investimento "massivo" em transporte público. "Todas as medidas restritivas passam pelo investimento em transporte público. Tem de reverter esse ciclo perverso que foi implantado por essa gestão (de redução de investimento nos transportes). Antes de pensar em medidas restritivas, vamos retomar investimentos massivos em transportes públicos", apontou. Entre as metas para o setor, ele destacou a construção de 150 km de corredores de ônibus.
O passeio ciclístico realizado com o candidato petista na manhã de hoje é uma iniciativa dos grupos Ciclocidade e CicloBr, que afirmam representar cerca de 600 mil ciclistas e simpatizantes. Eles convidaram todos os candidatos para eventos semelhantes, que incluíam a assinatura de uma carta compromisso. Ontem (14), o candidato do PMDB à Prefeitura, Gabriel Chalita assinou o documento. No próximo sábado (21), será a vez da candidata do PPS, Soninha Francine. O passeio realizado ontem pelo candidato tucano José Serra não teve a participação dos grupos de ciclistas.
O candidato focou seu discurso em uma de suas propostas, de incorporar bicicletas públicas ao sistema de bilhete único com o lançamento de bicicletários pela cidade. "O usuário poderia usar a bicicleta e devolver sem custo, caso tome outro sistema de transporte público, como trem e metrô. Se não usar, será cobrado algo entre 20 e 25 centavos por trajeto", propôs. Numa crítica indireta à implementação de ciclo faixas para serem utilizadas nos finais de semana, como a que conecta a USP ao Parque Villa Lobos, Haddad afirmou que, se eleito, as bicicletas seriam tratadas como um "modal", não como lazer. "A bicicleta é um meio integrável aos transportes públicos. Ela tem um caráter individual e público como transporte modal", defendeu.
Perto das 10 horas da manhã deste domingo, Haddad e um grupo de aproximadamente 20 ciclistas percorreram o trajeto entre a Avenida Paulista e o diretório municipal do PT, no centro da cidade, onde o petista conversou com ativistas e jornalistas. Estavam presentes o senador Eduardo Suplicy e os vereadores Chico Macena e José Américo. Um comboio com cerca de dez carros e uma viatura da Polícia Militar acompanharam o grupo. Uma bicicleta com aparelhos de som repetiu o jingle da campanha do petista por todo o caminho.
Questionado sobre medidas para melhorar a segurança de ciclistas nas vias urbanas, Haddad disse que o aumento no número de usuários, "com a incorporação da bicicleta ao Bilhete Único", trará uma mudança na "maneira de o paulistano olhar esse sistema (bicicleta)". Segundo ele, o uso de bicicletas altera a percepção do tempo e do espaço dos usuários. "O ciclista tem outro olhar sobre a cidade, estamos encapsulados em nossos veículos. Tempo e espaço têm outro sentido (para os ciclistas)", filosofou.
Carros
Questionado por jornalistas se a política da presidente Dilma Rousseff de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de automóveis não é prejudicial ao trânsito urbano, Haddad disse que essa interpretação é "um equívoco", sob aplausos dos militantes presentes no encontro. "É um grande equívoco (essa relação). O trabalhador europeu tem carro, o americano também. Ter carro não significa utilizar para ir à escola ou ao trabalho. Não é tornando o carro inacessível que vamos ajudar (o trânsito)", rebateu.
Na opinião de Haddad, as medidas restritivas no uso de automóveis não podem ser pensadas sem um investimento "massivo" em transporte público. "Todas as medidas restritivas passam pelo investimento em transporte público. Tem de reverter esse ciclo perverso que foi implantado por essa gestão (de redução de investimento nos transportes). Antes de pensar em medidas restritivas, vamos retomar investimentos massivos em transportes públicos", apontou. Entre as metas para o setor, ele destacou a construção de 150 km de corredores de ônibus.
O passeio ciclístico realizado com o candidato petista na manhã de hoje é uma iniciativa dos grupos Ciclocidade e CicloBr, que afirmam representar cerca de 600 mil ciclistas e simpatizantes. Eles convidaram todos os candidatos para eventos semelhantes, que incluíam a assinatura de uma carta compromisso. Ontem (14), o candidato do PMDB à Prefeitura, Gabriel Chalita assinou o documento. No próximo sábado (21), será a vez da candidata do PPS, Soninha Francine. O passeio realizado ontem pelo candidato tucano José Serra não teve a participação dos grupos de ciclistas.
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