03 julho de 2012
Os preços dos produtos e serviços, acesso ao idioma e a infraestrutura de mobilidade urbana são os principais problemas listados por turistas estrangeiros em viagem ao Brasil, de acordo com pesquisa feita com participantes da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que ocorreu no Rio de Janeiro em junho.
O levantamento divulgado nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiros de Turismo (Embratur) apontou que para 24% dos turistas estrangeiros os preços cobrados por produtos e serviços no Brasil são altos.
Esse resultado mostra a ‘necessidade de melhoria de competitividade de nossos produtos e de diversificação de oferta’, disse o presidente da Embratur, Flávio Dino. Ele defendeu ainda a desoneração tributária para insumos e serviços usados pelo setor de turismo, como redução do custo da energia elétrica para a rede hoteleira.
Dino, no entanto, afirma que os empresários devem aplicar ‘preços competitivos e alinhados com o mercado internacional’, pois o momento é de muita demanda no setor de turismo por conta dos grandes eventos internacionais, mas ‘o setor privado deve ter uma visão de longo prazo’. Não basta o governo adotar medidas, se os empresários não tiverem essa compreensão, disse.
A ‘Pesquisa de percepção dos estrangeiros sobre o Brasil durante a Rio+20′ também constatou que 17% dos entrevistados consideram a dificuldade com o idioma um ponto negativo ao visitar o Brasil. ‘Isso mostra que temos que aumentar a qualificação de recursos humanos’ para atender os visitantes, afirmou Dino.
Os turistas estrangeiros apontaram ainda que o Rio de Janeiro precisa de melhorias de mobilidade urbana. Para 13% dos entrevistados a cidade não tem um sistema de transporte adequado. Outro ponto criticado pelos visitantes foi a rede de telefonia e de internet, considerada regular, ruim ou muito ruim por metade dos turistas estrangeiros na Rio+20.
O objetivo da pesquisa é definir quais os desafios para a organização dos próximos grandes eventos no país. Apesar de os números serem referentes ao Rio de Janeiro, o presidente da Embratur disse que ‘provavelmente essas são questões importantes para outras cidades que vão sediar, por exemplo, a Copa do Mundo Fifa 2014.
O levantamento foi feito com 127 estrangeiros participantes da Rio+20, além de 101 jornalistas de 42 países.
Fonte: Valor Online, Por Thiago Resende
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