quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Pane no Metrô Metrô para e governo culpa usuários


Uma falha nas portas de um dos trens da Linha 3-Vermelha do Metrô paralisou o ramal em dez das 18 estações, das 18h19 até 23h22. Por causa do calor e da superlotação, usuários que esperavam mais de 20 minutos para seguir viagem acionaram os botões de emergência para abertura de portas de sete composições diferentes. Houve tumulto e pânico entre os passageiros. Os trens circularam apenas entre as Estações Corinthians-Itaquera e Tatuapé. 

Na confusão, seguranças do Metrô agrediram passageiros na Estação Sé. Houve tumulto e depredação na plataforma. Reforço policial foi solicitado pela direção da empresa. Milhares de usuários tiveram de caminhar pelos corredores estreitos ao lado dos trilhos. Ao redor das Estações Marechal Deodoro, Santa Cecília, República e Anhangabaú era possível ver passageiros chorando e passando mal. Na Sé, passageiros foram socorridos pelos bombeiros. "Foi muita gente espremida na multidão", disse um segurança do Metrô.

O secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, culpou a população pela pane no Metrô. Segundo ele, a falha seria uma ação orquestrada de vândalos.

O presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres, disse que o trem que provocou a pane é o veículo K-07. A composição faz parte de um lote de trens reformados a partir de 2008 pelo Metrô cujos contratos foram cancelados na segunda-feira, 3, pelo Ministério Público Estadual, que considerou a reforma "danosa" ao Estado, uma vez que os trens vêm apresentando problemas. 

O líder da Bancada do PT na Assembleia, deputado Luiz Claudio Marcolino, disse nesta quarta-feira (5/2) em plenário que as constantes falhas, tanto do Metrô quanto da CPTM, têm causado inúmeros prejuízos à população. "Temos falado da necessidade da instalação urgente de uma CPI para investigar a Alstom e a Siemens. Hoje conseguimos a 29ª assinatura, do deputado Rafael Silva. Faltam apenas três assinaturas para que o pedido de CPI seja protocolado", afirmou Marcolino.

Com informações do jornal O Estado de S. Paulo

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