Ainda sobre a novela do caos que tomou conta da linha 3-Vermelha do Metrô na terça-feira (4 de fevereiro), uma nova informação obtida pelo jornal “O Estado de São Paulo” desmonta a ideia de que houve uma ação orquestrada ou complô contra a operação, versões sustentadas pelo secretário de transportes, Jurandir Fernandes, que chegou a chamar o cidadão que “apertou o botão” de “safado”, e também pelo Governador do Estado, Geraldo Alckmin.
De acordo com o jornal, dois dos três botões de emergência acionados durante a paralisação da Linha foram apertados por funcionários da própria empresa. A ata de uma reunião da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) da Linha 3, revela que dois botões do Sistema de Prevenção de Acidentes em Plataformas (SPAP) foram apertados por metroviários. O primeiro, no entanto, foi acionado por um passageiro na Estação Marechal Deodoro. O segundo e o terceiro foram apertados pelas equipes do Anhangabaú e da Sé, respectivamente.
Um segurança, em relato para a Cipa, declarou: “Ficava o sentimento de que a energia podia ser reestabelecida sem qualquer aviso. Por isso acionamos novamente o dispositivo de emergência, para garantir nossa segurança na via.”
Na ocasião, uma falha nas portas do trem K07 causou a paralisação do ramal. Por causa do calor e da superlotação, usuários esperaram mais de 20 minutos para seguir viagem e acionaram os botões de emergência para abertura de portas, em sete composições diferentes. Muitas pessoas caminharam sobre os trilhos, agravando a situação. Veja o relato das falhas em série apontadas pelo sindicato dos metroviários:
O Metrô afirmou ao jornal que a ata da Cipa “não equivale a um relatório conclusivo sobre a ocorrência” e que se trata da coleta de relatos que, em parte, “conflitam com as informações” do Centro de Controle Operacional. Já os funcionários afirmam na mesma reunião da Cipa, que o treinamento de reconhecimento de saída de emergência nos túneis deixou de ser praticado. Um deles afirmou que não tinha nem lanterna para entrar nos locais. Também por meio de nota, o Metrô afirmou que nenhum treinamento foi interrompido.
Com as informações de “O Estado de São Paulo“
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