Apesar disso, Marcelo Milani pediu aprofundamento das apurações sobre envolvimento de ex-governador do PSDB em conluio com empresas do setor metroferroviário
por Redação RBA publicado 27/02/2014 11:15, última modificação 27/02/2014 11:26
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CC / ERIKA K NAKAMURA / DCM
Para MP, ex-governador sabia que empresas fraudaram licitações, superfaturaram preços e pagaram propinas
São Paulo – O promotor de Justiça do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) Marcelo Camargo Milani disse ontem (26) que há indícios da ação do ex-governador do estado José Serra (PSDB) no cartel de contratos de trem e metrô em administrações tucanas, esquema instalado desde 1998, ainda na gestão de Mario Covas (PSDB).
Um inquérito civil do MP-SP, aberto por Silvio Antonio Marques, promotor de Justiça do Patrimônio Público e Social, já trata da omissão de Serra na questão do cartel durante sua gestão, que durou de 2007 a 2010. No documento, é apontado que o ex-governador sabia que as empresas do ramo metroferroviário – dentre elas Alstom e Siemens – fraudaram licitações, superfaturaram preços ofertados e pagaram propinas a funcionários públicos.
Agora, Marcelo Milani vê indícios da participação do tucano na reforma de duas composições da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), em 2008, baseado em depoimento do ex-diretor da Siemens Nelson Branco Marchetti à Polícia Federal. O executivo afirma que o Serra lhe disse, em uma feira na Holanda, que, caso a Siemens conseguisse na Justiça desclassificar a empresa espanhola CAF em uma licitação de compra de trens, cancelaria a concorrência, pois o preço da multinacional alemã era 15% maior.
Milani, que declarou ter firmado opinião sobre os indícios da participação do ex-governador no esquema, solicitou “uma investigação mais aprofundada” ao procurador-geral de Justiça, Márcio Elias Rosa, chefe do Ministério Público Estadual.
Com informações do Estadão e Brasil 247
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