Os metroviários decidiram aceitar a proposta de reajuste salarial feito pela diretoria do Metrô. A decisão afasta a possibilidade de greve e foi tomada na noite desta segunda-feira (3) durante assembleia na sede do sindicato, na Zona Leste de São Paulo.
Os funcionários concordaram com os termos da proposta apresentada nesta tarde em audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). A reunião na Justiça contou com representantes do Sindicato dos Metroviários de São Paulo e do Metrô.
“Conseguimos avançar na proposta. Não era o que a gente queria, mas só foi possível esse avanço graças à mobilização e à força da categoria”, disse o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres Junior.
“Ao fecharmos esse acordo, viramos uma nova referência no estado, com o IPC da Fipe mais 2,5%. Não queríamos fazer a greve por greve. Nós também chegamos ao nosso limite”, afirmou. Ele afirmou ainda que a participação do presidente do Metrô, Peter Walker, na reunião foi um avanço.
Na reunião da semana passada, o Metrô tinha oferecido reajuste de 6,42%. Nesta segunda, além do aumento de 8%, o Metrô se comprometeu ainda a pagar uma 13ª cota do vale-alimentação, regularizar situações pendentes sobre a equiparação salarial e a apresentar, dentro de 120 dias, um estudo sobre a progressão de carreiras.
Os metroviários pediam reajuste real de 14,16%, reposição de 7,30%, reajuste de 24,3% no vale-refeição, aumento do vale-alimentação para R$ 382,71 e equiparação salarial.
CPTM
Funcionários da CPTM decidiram nesta segunda-feira manter o funcionamento das linhas 8-Diamante (Julio Prestes-Itapevi), 9-Esmeralda (Osasco-Grajau), 11-Coral (Luz-Guaianazes) e 12-Safira (Brás-Calmon Viana).
Eles deverão ter audiência com a empresa às 15h30 desta terça-feira (4) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Em seguida, vão realizar uma assembleia às 19h na estação da Luz para decidir se haverá ou não greve a partir de quarta-feira (5).
Os funcionários das linhas 11 e 12 da CPTM são representados pelo Sindicato da Central do Brasil, que diz ter apresentado à empresa contra-proposta de reajuste de 6,77% para reposição da inflação medida pelo INPC, do IBGE, e mais 5% a título de produtividade, segundo o secretário-geral da entidade, José Floriano de Araújo Júnior.
Os funcionários das linhas 8 e 9 são representados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana. “A categoria rejeitou o acordo e em compensação fez uma série de contrapropostas que serão levadas ao TRT. Esperamos que a CPTM apareça e negocie”, disse o assessor do sindicato, Rogério Centofanti.
Outros dois sindicatos dos ferroviários já entraram em acordo com a empresa: o Sindicato dos Engenheiros Ferroviários em São Paulo e o Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, que aceitaram o reajuste salarial de 6,97% e a implantação do plano de cargos, carreiras e salários.
Fonte: G1, Por Marcelo Mora
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