MANIFESTAÇÃO CONTRA AUMENTO DA TARIFA EM SÃO PAULO: QUEBRA-QUEBRA VIRA CENTRO DA DISCUSSÃO

Do viatrolebus

por Renato Lobo

Manchetes dos principais jornais paulistanos nesta sexta-feira (7):

“Protesto contra aumento do ônibus vira depredação em SP”
“Protesto contra tarifa acaba em caos, fogo e depredação no centro”
“SP: 15 são detidos após protesto contra aumento do transporte …”
“Manifestantes depredam estação de Metrô ”

Nesta quinta-feira o MPL fez protesto na capital paulista contra o aumento na passagem do transporte público. Segundo o Movimento, cerca de 6.000 pessoas participaram do protesto. Já a PM diverge do número e diz que foram apenas 2.000 manifestantes. O MPL diz que ao menos 30 pessoas ficaram feridas por balas de borracha e estilhaços de bombas de gás lacrimogênio, muitos com ferimentos no rosto. A PM por sua vez diz que prendeu 15 deles.

Mas, o que chama atenção, mesmo não sendo novidade se tratando de Brasil, é o foco que a mídia da para o caos em que a tal manifestação gerou. E evidente que qualquer tipo de vandalismo deve ser combatido. Entretanto, a questão principal da razão do protesto, esta acaba sendo ofuscada por alguns que querem tirar o foco da discussão: O MPL defende uma tarifa grátis para a população tenha acesso a toda a cidade, através do transporte, afinal ele é público.

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Você pode até não concordar com este tipo de protesto, mas na certa concorda que o transporte em São Paulo é caro e pouco eficiente.

O protesto tinha um teor violento, ou os manifestantes apenas se defenderam da ação policial? Quem voz fala, esteve na Avenida Brigadeiro Luiz António, e por acaso cruzou com os manifestantes, que se dirigiam do Anhagabaú até a Avenida Paulista. O que vi foram estudantes com faixas que tomavam as ruas e gritavam frases pró-movimento…apenas.

Na constituição de 1988, no Título II, dos Direitos e Garantias Fundamentais, no Capítulo I dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos diz: É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;