quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Diretor da Siemens: consultor não fazia consultoria. E alguém ainda acha que fazia?

Do tijolaço

Fernando Brito
bocao
Da Agência Estado:
“O engenheiro eletricista Peter Andreas Gölitz, funcionário da Siemens e um dos seis executivos que denunciaram o cartel no sistema metroferroviário de São Paulo, pôs em xeque a consultoria que a multinacional teria contratado de Arthur Teixeira, apontado pelos investigadores como lobista das empresas do cartel e intermediário do suposto pagamento de propina a agentes públicos brasileiros. (…) ‘“O depoente não tomou conhecimento de nenhum relatório de serviço de consultoria prestado pelas referidas empresas de Teixeira. Também causou estranheza ao depoente o fato de que a consultoria deve envolver assuntos técnicos e o depoente, na condição de técnico, não se recorda de ter tido conhecimento de relatórios técnicos de consultoria destas empresas” “
Perdão, mas eu gostaria de perguntar se, a esta altura, alguém ainda leva a sério esta história de consultoria.
Teixeira é aquele que pagou US$ 250 mil ao ex-diretor da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, João Roberto Zaniboni e que era apenas bom amigo de políticos tucanos.
Seu advogado, Eduardo Camelós, dissse que não há relatórios porque  ”a atividade de consultoria não se expressa necessariamente por meio de relatórios escritos.”
Como assim, Dr. Camelós?
US$ 250 mil por palpites informais? Palpite, recordo ao senhor, se fosse bom não era dado, mas vendido.
Tudo é tão escandaloso que é preciso reconhecer o esforço da imprensa brasileira para não tratar como escândalo.

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