Do Tijolaço
Autor: Fernando Brito
A revogação dos atos da Secretaria de Aviação Civil que autorizavam a privatização de cinco aeroportos é uma destas histórias que não precisam de enredo, basta-lhe o personagem.
Não é preciso dizer que era uma privatização, não uma concessão, porque o poder público entregaria todo o controle dos aeroportos a privados, sem interferência são para cobrar (se é que ia) um mísero plano de investimentos de R$ 70 milhões nos cinco aeródromos.
Segundo, porque três dos aeroportos fariam uma espécie de “aeroanel” em torno dos três aeroportos federais, dois deles recém-concedidos: Viracopos e Guarulhos, além de Congonhas.
Permitir a proliferação de aeroportos sem um planejamento e uma divisão ne utilizações coordenadas com os grandes terminais não é só favorecer o caos aeronáutico, mas inviabilizar economicamente a existência dos grandes aeroportos.
Não é preciso dizer nada disso.
Basta a atitude de Moreira Franco de, desautorizado pela Presidente, assinar as autorizações para o negócio.
A desculpa de que assinou os documentos estavam numa pasta errada – a la Rodrigo de Grandis, no caso do trensalão – é risível.
Moreira Franco é uma assombração dentro deste governo, conjurada apenas pelo vice-presidente Michel Temer, por mais nada.
Como a ele deve ter sido assessor especial de Fernando Henrique Cardoso de 1998 a 2002.
O “gato angorá” foi mostrar suas garras e levou um “passa”.
Não eram os papéis que estavam na pasta errada. É Moreira que está no governo errado.
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