sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Fracasso nos leilões é culpa das empresas, diz Figueiredo

Presidente demissionário da EPL atribui insucesso das concessões na área de infraestrutura à própria iniciativa privada
Foto: Leo Pinheiro/ 08 – maio- 2013/ Valor
Depois do fracasso de concessões importantes na área de logística, o presidente demissionário da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, jogou a culpa pelo insucesso dos leilões na própria iniciativa privada.
Segundo ele, os empreendedores brasileiros não têm a capacidade necessária para assumir o extenso programa de infraestrutura que o governo tenta licitar.
“Estamos tentando contratar R$ 40 bilhões por ano em investimentos de infraestrutura em logística, mas percebemos que não temos investidores suficientes. Fizemos projetos atrativos, mas não temos empreendedores capazes de abarcar tudo isso. Ficamos muito tempo sem investir e não criamos essa capacidade empreendedora”, alegou, durante videoconferência “Rumos da Indústria”, da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O governo enfrenta dificuldades para conseguir leiloar concessões de logística, como o Trem de Alta Velocidade (TAV) – adiado por pelo menos um ano – e a BR-262 – cujo leilão não teve licitantes.
Figueiredo disse que o Brasil continua interessante para os investidores e argumentou que os projetos tem sim atratividade. “A questão que a gente enfrenta é que temos de passar o patamar de investimentos em logística de R$ 15 bilhões por ano, para R$ 100 bilhões.”
Ainda assim, o presidente da EPL reconheceu que é importante melhorar a preparação dos projetos de infraestrutura. “O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) mudou a relação do governo com infraestrutura desde 2007, mas precisamos melhorar a preparação dessas ações para que elas possam ser contratadas com eficiência”, completou.
Hidrovias
Figueiredo reconheceu que as hidrovias brasileiras nunca terão a mesma importância das ferrovias e rodovias no Pais, mas afirmou que o governo pretende atrair a iniciativa privada também para este modal de transportes. “O Brasil precisa mais de ferrovias e de rodovias, mas isso não significa que não devemos ter hidrovias”, acrescentou.
Desinteresse
“Estamos tentando contratar 40 bilhões por ano em investimentos de Infraestrutura em logística, mas percebemos que não temos investidores suficientes.”
Fonte: O Estado de S. Paulo, Por Eduardo Rodrigues

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