“Minas Gerais tem capacidade para ofertar tudo o que for demandado. Em alguns casos, pode ser necessário estruturar melhor um setor, e é isso que vamos fazer”, afirmou o diretor da regional da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Luciano Araújo.
Levantamento
A entidade lançou ontem o Caderno de Oportunidades da 381, um levantamento que quantifica os produtos e serviços que serão demandados durante as obras, divididos por trechos e fase de execução. A intenção da Fiemg é a de intermediar a relação das empreiteiras contratadas e os fornecedores locais por meio de rodadas de negócios.
Oito grupos técnicos, integrados pela Fiemg e representantes de entidades locais, acompanharão as obras ao longo da rodovia para detectar novas oportunidades.
A demanda por serviços e produtos naturalmente exigirão a contratação de mão-de-obra, que também abrange áreas diversas. O estudo da Fiemg indica contratações mais numerosas para serventes, 2.460 do início ao fim dos trabalhos. Serão necessários outros 654 motoristas e 330 carpinteiros.
“Como o levantamento aponta a demanda por mão de obra por fases e trechos, vamos evitar que a obra pare por falta de trabalhador. Também vamos detectar setores onde há escassez e podemos capacitar os trabalhadores a tempo. Além de beneficiar a região com emprego, impedimos a contratação de trabalhadores de fora e todos os problemas que isso pode gerar no futuro”, afirmou Araújo.
Obra dinamizará a economia das cidades sob sua influência
No longo prazo, os benefícios gerados pelas melhorias na BR-381 colaborarão para o fortalecimento da economia mineira, com ganho de competitividade e maior atratividade para novos empreendimentos. A estimativa da Fiemg é a de que, após as obras, os municípios sob sua influência tenham um ganho de R$ 800 milhões, fruto da esperada dinamização das economias locais e redução dos custos logísticos.
“Temos uma Cenibra em Belo Oriente e não temos um fábrica de papel. Temos Açominas, Usiminas, e não agregamos valor ao aço. A nova BR-381 pode mudar isso tudo, reduzindo consideravelmente os custos logísticos, impulsionando, inclusive, o polo de óleo e gás do Vale do Aço”, disse Luciano Araújo, presidente da regional da Fiemg no Vale do Aço.
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desenvolveu uma área de pesquisa destinada a estudar as formas de agregar valor à economia mineira, considerando a BR 381 após as obras. Cerca de 20 empresas colaboram com o trabalho, segundo a Fiemg.
Valadares
No trecho de Belo Oriente a Governador Valadares não há previsão de duplicação da pista no projeto atual, sob a justificativa de que o relevo e o tráfego não justificam. Novos estudos já foram encomendados e as medições de tráfego começam a indicar a viabilidade. Porém não haverá alteração no projeto em andamento para não atrasar o restante das intervenções. A obra pode ser realizada posteriormente.
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