Após assumir neste mês a gestão do aeroporto de Campinas, no interior de São Paulo, em parceria com a Infraero, a Concessionária Aeroportos Brasil Viracopos já estuda um meio de unir suas operações de carga à ferrovia que passa junto aos limites do terreno do aeroporto.
Embora não adiante detalhes, Carlos Fernando Valente, diretor comercial da concessionária, confirma que a companhia estuda um projeto multimodal integrado à ferrovia e voltado ao segmento de cargas. “É em longo prazo”, disse.
O aeroporto tem hoje 35% da receita bruta oriunda com a operação de cargas, como armazenagem e capatazia. Junto aos limites do terreno de 26 quilômetros quadrados de Viracopos – em grande parte “verde”, sem construções –, há uma linha ferroviária sob a concessão da América Latina Logística (ALL).
Além da integração para carga, Valente disse que é de interesse da concessionária que haja um trem de passageiros em operação entre Campinas e São Paulo. No entanto, negou que a sociedade vá investir nesse tipo de projeto. “Nosso negócio é o aeroporto”, resumiu.
Há dois projetos sendo estudados pelo poder público para tirar do papel a ligação ferroviária para passageiros entre Campinas e São Paulo: o Trem de Alta Velocidade (TAV), encabeçado pelo governo federal, e o trem regional, estudado pelo governo do estado de São Paulo.
A Concessionária Aeroportos Brasil Viracopos é composta pelas vencedoras do leilão ocorrido em fevereiro, Triunfo Participações e Investimentos, UTC Participações e Egis – que, juntas, têm 51% da sociedade de propósito específico.
A Infraero, minoritária, tem 49%. Durante seis meses, a gestão será compartilhada entre a estatal e a sociedade majoritariamente privada.
Fonte: Valor Econômico, Por Fábio Pupo
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