São Paulo: a cidade que se acostumou a acordar aos gritos há mais de 50 anos.
Mas não é qualquer grito. É um grito dizendo que você é devagar. Que você está atrasado. Que você precisa correr, corra! E ele te persegue! Na cozinha, no carro…
“Vambora vambora, tá na hora vambora vambora!
Desde pequeno, ano após ano, nos acostumamos a ouvir, aos gritos, que estamos atrasados. Que precisamos correr, trabalhar, sobreviver. Não temos tempos para parar, para passear, para conhecer e viver nossa cidade.
Desde pequeno, ano após ano, nos acostumamos a ouvir, aos gritos, que estamos atrasados. Que precisamos correr, trabalhar, sobreviver. Não temos tempos para parar, para passear, para conhecer e viver nossa cidade.
A cidade se acostumou com o som, com a correria, com o desrespeito a vida, a atropelar aqueles que “impedem” a velocidade em nome de um tal progresso – ah, o progresso! Progresso nem sempre bem compreendido. Que o diga Adoniran Barbosa:
“Progresso, progresso, eu sempre escutei falar, que o progresso vem do trabalho, então amanhã cedo nóis vai trabalhar.”
Agora pensa comigo aqui, #ciddad: Por que corremos tanto? Para que colocar sempre a velocidade e a pressa acima da vida, do bem-estar humano? Por que crescemos ouvindo que precisamos acelerar, sempre com pressa, sempre priorizando a velocidade, o trabalho, o tempo e a correria em detrimento da vida?
Agora pensa comigo aqui, #ciddad: Por que corremos tanto? Para que colocar sempre a velocidade e a pressa acima da vida, do bem-estar humano? Por que crescemos ouvindo que precisamos acelerar, sempre com pressa, sempre priorizando a velocidade, o trabalho, o tempo e a correria em detrimento da vida?
“Mas prefeito, agora eu vou sofrer na Marginal!”
Não, não vai! No máximo você vai sofrer com o cheiro ao descobrir que ali tem um rio – que mais parece um esgoto – vítima do descaso de um governo do estado. Preservar a vida nunca é sofrer.
Não, não vai! No máximo você vai sofrer com o cheiro ao descobrir que ali tem um rio – que mais parece um esgoto – vítima do descaso de um governo do estado. Preservar a vida nunca é sofrer.
“Paulistano quer que tudo mude sem que se mude nada”
Não tenha medo de mudar. Aceite a mudança para melhor. Rebata aqueles que dizem que o que está acontecendo é uma “ditadura comuno-petralha-gayzista (agora papal) do Haddad Tranquilão! Não, não é isso! Mas afinal, o que está mudando? O que nós queremos?
Não tenha medo de mudar. Aceite a mudança para melhor. Rebata aqueles que dizem que o que está acontecendo é uma “ditadura comuno-petralha-gayzista (agora papal) do Haddad Tranquilão! Não, não é isso! Mas afinal, o que está mudando? O que nós queremos?
Chegar mais cedo em casa. Isso é garantido pela velocidade média mais elevada!
Todas as cidades do mundo estão adotando a redução da velocidade máxima para aumentar a velocidade média. Por quê? Pela diminuição dos acidentes. Em Paris, recentemente, reduzindo a velocidade, o número de acidentes caiu 15% – e a velocidade média aumentou 18%. Menos acidentes, menos faixas bloqueadas. Menos faixas bloqueadas, mais fluidez. Mais fluidez, mais cedo você chega em casa. Simples!
Estamos mudando enquanto cidade e sociedade. Não precisamos correr. Precisamos viver. Precisamos de qualidade de vida, e não de sobre vida! Nós precisamos sim, de mais bicicletas, que nos permitam ver tudo ao nosso redor, essa #ciddad linda, essa selva de pedras. Mas a nossa selva de pedras. A selva de pedras que podemos e devemos domar, compreender e aproveitar!
Tudo isso, claro, na nossa velocidade. Ignorando aquela canção que nos manda, há mais de 50 anos, correr.
Vambora? Vamos. Vambora aproveitar a #ciddad!
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