Em Copenhague, a capital da Dinamarca, cada quilômetro rodado de carro custa pelo menos seis vezes mais caro do que um quilômetro percorrido de bicicleta. A conclusão é de pesquisadores das universidades de Lund, na Suécia, e de Queesland, na Austrália, que publicaram recentemente artigo sobre o assunto.
Margareth Marmori, correspondente da RFI em Copenhague
Para chegar a essa conclusão, o pesquisadores usaram uma técnica chamada análise de custo-benefício que compara o uso da bicicleta ao uso do automóvel. Eles analisaram as vantagens e desvantagens econômicas de vários fatores como criação de empregos, saúde, manutenção e construção de vias, poluição e engarrafamentos. A conclusão foi que o transporte de automóvel é muito mais custoso para a sociedade do que o de bicicleta.
Segundo o estudo, quando todas as despesas da sociedade e dos cidadãos são somadas, o impacto do quilômetro rodado do automóvel é de € 0,50 e o da bicicleta é de apenas € 0,08. Analisando os custos para a sociedade, os pesquisadores descobriram que pedalar ainda dá lucro na capital dinamarquesa: um quilômetro de bicicleta gera € 0,16, enquanto um quilômetro de carro dá prejuízo de € 0,15.
O estudo foi descrito em artigo publicado na revista científica Ecological Economics. O trabalho contribui para a discussão sobre as vantagens para a sociedade do emprego da bicicleta como meio de transporte urbano.
Método pode ser exportado
Um dos autores da pesquisa, o sueco Stefan Gössling, afirmou à Rádio da Suécia que o método pode ser usado em qualquer lugar do mundo e que daria resultados semelhantes em outras cidades. Para ele, não há dúvida de que todas as cidades podem lucrar ao investir na melhoria das condições para o transporte de bicicletas.
A pesquisa é uma boa notícia para Copenhague, que se autoproclama “a cidade das bicicletas” e que tem investido pesadamente na melhoria das condições para esse tipo de transporte. Nos últimos dez anos, o governo local gastou cerca de € 134 milhões (cerca de R$ 450 milhões) em obras como construção e alargamento de ciclovias e pontes exclusivas para ciclistas. Esses investimentos incluíram as populares superciclovias, que são vias expressas que possibilitam o trajeto mais rápido e direto de Copenhague aos setores residenciais no entorno da cidade.
Os investimentos têm dado resultado: na capital dinamarquesa, a bicicleta é mais popular do que o automóvel. De acordo com a prefeitura, no ano passado, quase dois em cada três dos 750 mil moradores da cidade escolheram a bicicleta para fazer os percursos de ida e volta para o trabalho ou para a escola.
Bicicleta também causam problemas
Os ciclistas reclamam da falta de estacionamentos para as bicicletas. Existem quase 680 mil delas na capital dinamarquesa e seus usuários frequentemente têm dificuldades para encontrar um local adequado para estacionar e acabam deixando seus veículos em passeios e calçadas.
O problema é mais grave para os que precisam estacionar junto às estações de trem ou metrô, onde milhares de bicicletas disputam espaço em estacionamentos abarrotados. A prefeitura de Copenhague já prometeu melhorar os estacionamentos, o que daria mais conforto aos que moram longe do centro da cidade. Muitos dos que residem nos arredores de Copenhague combinam o transporte coletivo com o ciclismo para chegar ao trabalho ou à escola.
Mas os transtornos causados pelas bicicletas têm pouco significado quando comparados às vantagens do ciclismo, que inclusive atrai turistas. Em um estudo da agência local de turismo, mais da metade dos visitantes perguntados disseram que a cultura do ciclismo foi uma das motivações principais para visitar a capital dinamarquesa.
Para chegar a essa conclusão, o pesquisadores usaram uma técnica chamada análise de custo-benefício que compara o uso da bicicleta ao uso do automóvel. Eles analisaram as vantagens e desvantagens econômicas de vários fatores como criação de empregos, saúde, manutenção e construção de vias, poluição e engarrafamentos. A conclusão foi que o transporte de automóvel é muito mais custoso para a sociedade do que o de bicicleta.
Segundo o estudo, quando todas as despesas da sociedade e dos cidadãos são somadas, o impacto do quilômetro rodado do automóvel é de € 0,50 e o da bicicleta é de apenas € 0,08. Analisando os custos para a sociedade, os pesquisadores descobriram que pedalar ainda dá lucro na capital dinamarquesa: um quilômetro de bicicleta gera € 0,16, enquanto um quilômetro de carro dá prejuízo de € 0,15.
O estudo foi descrito em artigo publicado na revista científica Ecological Economics. O trabalho contribui para a discussão sobre as vantagens para a sociedade do emprego da bicicleta como meio de transporte urbano.
Método pode ser exportado
Um dos autores da pesquisa, o sueco Stefan Gössling, afirmou à Rádio da Suécia que o método pode ser usado em qualquer lugar do mundo e que daria resultados semelhantes em outras cidades. Para ele, não há dúvida de que todas as cidades podem lucrar ao investir na melhoria das condições para o transporte de bicicletas.
A pesquisa é uma boa notícia para Copenhague, que se autoproclama “a cidade das bicicletas” e que tem investido pesadamente na melhoria das condições para esse tipo de transporte. Nos últimos dez anos, o governo local gastou cerca de € 134 milhões (cerca de R$ 450 milhões) em obras como construção e alargamento de ciclovias e pontes exclusivas para ciclistas. Esses investimentos incluíram as populares superciclovias, que são vias expressas que possibilitam o trajeto mais rápido e direto de Copenhague aos setores residenciais no entorno da cidade.
Os investimentos têm dado resultado: na capital dinamarquesa, a bicicleta é mais popular do que o automóvel. De acordo com a prefeitura, no ano passado, quase dois em cada três dos 750 mil moradores da cidade escolheram a bicicleta para fazer os percursos de ida e volta para o trabalho ou para a escola.
Bicicleta também causam problemas
Os ciclistas reclamam da falta de estacionamentos para as bicicletas. Existem quase 680 mil delas na capital dinamarquesa e seus usuários frequentemente têm dificuldades para encontrar um local adequado para estacionar e acabam deixando seus veículos em passeios e calçadas.
O problema é mais grave para os que precisam estacionar junto às estações de trem ou metrô, onde milhares de bicicletas disputam espaço em estacionamentos abarrotados. A prefeitura de Copenhague já prometeu melhorar os estacionamentos, o que daria mais conforto aos que moram longe do centro da cidade. Muitos dos que residem nos arredores de Copenhague combinam o transporte coletivo com o ciclismo para chegar ao trabalho ou à escola.
Mas os transtornos causados pelas bicicletas têm pouco significado quando comparados às vantagens do ciclismo, que inclusive atrai turistas. Em um estudo da agência local de turismo, mais da metade dos visitantes perguntados disseram que a cultura do ciclismo foi uma das motivações principais para visitar a capital dinamarquesa.
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