As investigações sobre o trensalão tucano em São Paulo apontam que o esquema de propinas também funcionava em outros estados. A constatação é do superintendente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Eduardo Frade Rodrigues.
Eduardo Frade Rodrigues é superintendente do Cade
A declaração de Eduardo foi feita em entrevista à Folha de S. Paulo publicada nesta quinta-feira (23). “O acordo de leniência nos trouxe indícios em dois estados, e durante a investigação fomos colhendo indícios de que isso teria ocorrido em outros estados também”, disse.De acordo com o MP, o trensalão funcionava desde o governo do tucano Mário Covas. O Ministério Público de São Paulo já denunciou dezenas de executivos por envolvimento no esquema por formação de cartel em contratos e fraude em licitações e ex-diretores de transportes do governo tucano por participar de esquema de propinas. As acusações são o resultado de investigação criminal feita a partir de documentos encaminhados pelo Cade.
Eduardo Rodrigues comanda a área responsável pelas investigações de cartel e pela formulação dos pareceres que subsidiam a decisão do tribunal do órgão em fusões e aquisições. Além do caso do trensalão, Eduardo também tem em suas mãos o processo de investigação o esquema das empreiteiras junto à Petrobras.
Segundo ele, as investigações sobre o trensalão estão em fase de produção de provas. “As empresas têm a oportunidade de apresentar contraprovas. É uma fase que varia muito a depender de quanto de provas elas trouxerem e quantas testemunhas serão ouvidas. É difícil prever o quanto vai durar essa fase. O que posso dizer é que é um caso muito importante para a superintendência”, salientou.
Para o superintendente, há “indícios bastante robustos de que houve cartel” e que há evidências dessa existência em diferentes estados. “Vamos onde a investigação nos leva”, enfatizou.
Do Portal Vermelho, com informações de agências
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