Imagem de Felipe Rau | Estadão
A nova polêmica da cidade de São Paulo é por conta da redução das velocidades máximas. Nesta segunda-feira (20), foi a vez das marginais, e em Setembro o Corredor Norte Sul terá a máxima velocidade reduzida para 60 km/h.
O Portal G1 trouxe nesta semana, reportagens sobre o tema, e a opinião divergentes de especialistas:
O especialista em engenharia de transportes Horácio Figueira, diz que “o fluxo máximo não corresponde à velocidade máxima. Isso não é teoria. É teoria e prática comprovada”, diz. Horácio afirma que vários estudos mostram que o fluxo é maior quando a velocidade gira em torno de 50 km/h e 60 km/h, e não 120 km/h.
Cálculos apontam que em um percurso de 5 km, ganha-se 58 segundos em uma velocidade de 90 km/h em relação ao novo limite, de 70 km/h. “É um ganho de tempo muito pequeno, já a redução da energia do impacto quando a velocidade cai de 90 km/h para 70% é de 40%”, diz.
Por outro lado, o professor do Mackenzie de Campinas Luiz Vicente Figueira de Mello Filho, especialista em mobilidade urbana, afirma que a Prefeitura não apresentou estudos consistentes para justificar a redução.
“Sem um fundamento técnico, a medida acaba ficando fragilizada. Acaba até podendo aumentar o número de acidentes porque as pessoas podem frear bruscamente nos pontos com radar”, disse.
“Sem um fundamento técnico, a medida acaba ficando fragilizada. Acaba até podendo aumentar o número de acidentes porque as pessoas podem frear bruscamente nos pontos com radar”, disse.
Para ele, sem essa justificativa, a velocidade de 90 km/h pode ser considerada razoável para uma via reta sem cruzamentos. “A Prefeitura poderia concentrar esforços em outras ações, como a colocação de gradis, para evitar os atropelamentos”, diz.
Mortes
Muito mais que opiniões e posições, o número de acidente em São Paulo são inquestionáveis. Só nas marginais, vias com maior número de mortes em acidentes, em 2014 morreram 40 na marginal Tietê e 33 na Marginal Pinheiros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário